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SAÚDE

Conheça as implicações da diabetes na saúde reprodutiva

A doença pode afetar a fertilidade e trazer complicações durante a gestação, exigindo cuidados específicos e o acompanhamento médico regular

Robson de Castro

20/11/2024 - quarta às 15h16

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A diabetes é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas no mundo e gera implicações significativas na saúde em geral, além de impactar também na saúde reprodutiva de homens e mulheres. De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF), cerca de 537 milhões de adultos vivem com diabetes globalmente. Quando mal controlada, a doença pode interferir no funcionamento do sistema reprodutor e afetar a fertilidade e aumentar os riscos durante a gestação.
 

Para as mulheres, a diabetes pode levar a desequilíbrios hormonais que prejudicam a ovulação e dificultam a concepção, isso porque, pacientes com diabetes tipo 1 ou tipo 2, quando mal controladas, têm mais chances de desenvolver distúrbios menstruais e condições como a síndrome dos ovários policísticos (SOP), que também afeta a fertilidade.
 

Algumas complicações durante a gestação podem ser mais frequentes, incluindo o aborto espontâneo, a pré-eclâmpsia, o parto prematuro e a malformações fetais. Além disso, pacientes femininas que têm a doença correm maior risco de desenvolver diabetes gestacional, uma condição que, quando não tratada, pode afetar a saúde da mãe e do bebê.
 

Nos homens, a diabetes pode prejudicar a qualidade do sêmen e afetar a função sexual, resultando na disfunção erétil e na diminuição do desejo sexual. Um estudo publicado pelo Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism indicou que homens com diabetes apresentam taxas de fertilidade significativamente mais baixas. Outro ponto importante é que o controle glicêmico inadequado pode afetar a produção hormonal e, consequentemente, a função reprodutiva masculina.
 

"A diabetes pode impactar profundamente a saúde reprodutiva de homens e mulheres, mas com o controle adequado da doença, muitos desses riscos podem ser minimizados", afirma a Dra. Veronica Boeira Lima da Associação Mulher Ciência e Reprodução Humana do Brasil (AMCR).
 

Portanto, a diabetes é uma condição que demanda atenção especial em relação à fertilidade e ao processo reprodutivo. Por isso, manter um controle rigoroso da doença e buscar orientação médica adequada são os passos essenciais para garantir uma vida reprodutiva saudável para quem deseja conceber ou para quem já está à espera de um bebê.
 

"É indispensável que as pessoas com diabetes monitorem regularmente seus níveis de glicose, procurem por orientação médica e adotem hábitos saudáveis para garantir a saúde a longo prazo e o bem-estar reprodutivo", complementa a médica Veronica Boeira Lima.

 

 Sobre a Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil (AMCR)

AMCR – Associação Mulher Ciência e Reprodução Humana do Brasil – é uma organização formada apenas por mulheres, pós-graduadas da área da saúde e reprodução humana, que compartilham o mesmo propósito: disseminar o conhecimento científico em ginecologia e reprodução humana, através de uma comunicação clara e acessível à todas as mulheres, além de lutar pela igualdade de oportunidade entre gêneros, reconhecimento e valorização da atuação das mulheres da ciência em saúde feminina. A associação foi fundada em março de 2021, pela Prof. Dra. Marise Samama. Atualmente possui 50 associadas, distribuídas em todas as regiões do Brasil.

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