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167 anos de "O Livro dos Espíritos": a obra que fundou o Espiritismo e transformou visões sobre a v

Publicado em 18 de abril de 1857, o livro de Allan Kardec lançou as bases do Espiritismo, movimento filosófico e religioso que atravessou fronteiras e permanece influente em diversas partes do mundo, especialmente no Brasil.

Robson de Castro

18/04/2025 - sexta às 19h34

Em 18 de abril de 1857, o educador francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, sob o pseudônimo Allan Kardec, publicou em Paris a obra "O Livro dos Espíritos", marco inaugural do Espiritismo. Composta por 501 perguntas e respostas organizadas em quatro partes, a publicação consolidou os princípios da nova doutrina, que unia religião, filosofia e ciência em uma proposta inovadora para a época.

 

A obra apresentou ao mundo conceitos como reencarnação, lei de causa e efeito, imortalidade da alma e a possibilidade de comunicação com os espíritos. Kardec afirmava não ser o autor das ideias contidas no livro, mas apenas o organizador das respostas recebidas de diversos médiuns, guiados por uma inteligência superior. A publicação causou impacto imediato em círculos filosóficos e religiosos da França e, em pouco tempo, ganhou seguidores em outras partes da Europa e da América.

 

O Espiritismo ganhou raízes especialmente profundas no Brasil, onde encontrou terreno fértil entre intelectuais, médicos, artistas e lideranças sociais. Personalidades como Chico Xavier, o médium mineiro que psicografou mais de 400 livros, ajudaram a popularizar os ensinamentos de Kardec. “Kardec nos trouxe uma nova maneira de enxergar a dor e o amor, ensinando que a vida não termina com a morte”, disse Chico em uma de suas entrevistas.

 

Outro grande defensor da importância de Kardec foi o jurista e ex-presidente brasileiro Ruy Barbosa, que declarou:
 

“O Espiritismo, ao explicar a imortalidade da alma com base racional e filosófica, dá novo sentido à existência e à responsabilidade humana.”

 

A obra também é amplamente estudada em centros espíritas e escolas filosóficas ao redor do mundo. Para o filósofo francês Gabriel Delanne, um dos continuadores da doutrina, “Kardec foi o sistematizador de um pensamento que libertou consciências e ofereceu consolo para as grandes angústias humanas.”

 

Hoje, 167 anos após sua publicação, "O Livro dos Espíritos" continua a ser um dos pilares da doutrina espírita. A data é lembrada com palestras, leituras e reflexões em casas espíritas no Brasil e em diversos países. O legado de Allan Kardec permanece vivo, oferecendo respostas e esperanças para aqueles que buscam compreender o sentido da vida, da dor, do destino — e o que há depois do fim.
 

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