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O empresário do PP ainda acredita que poderá assumir a Prefeitura de Mongaguá. Se sair vitorioso, o resultado da eleição suplementar não terá efeito, assim como ocorreu em 2018
Sandro Thadeu
23/03/2025 - domingo às 01h10
A luta continua
Nome mais votado para a Prefeitura de Mongaguá nas eleições do ano passado, o empresário Paulinho Wiazowski (PP) afirmou ontem à coluna que apresentará embargos de declaração no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar reverter a decisão da corte da última terça-feira, quando indeferiu, por 4 votos a 3, o registro da candidatura dele ao Executivo. Se não tiver sucesso nesse recurso, os advogados do político irão apresentar um recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Confiança plena
"A nossa tese jurídica é muito forte e tem consistência. Ela não tem uma uniformização dentro dos tribunais. Nas três instâncias, tivemos oito favoráveis e seis contrários. O nosso recurso não irá atrapalhar a realização das eleições suplementares", garantiu Wiazowski. A coluna conversou com dois advogados especializados em Direito Eleitoral e ambos confirmaram a informação do integrante do PP.
Momentos turbulentos
Mongaguá passou por um período de forte instabilidade política, em 2018. Em 9 de maio, a Polícia Federal deflagrou a Operação Prato Feito, que investigava possíveis irregularidades no fornecimento de merenda, uniformes e materiais escolares a prefeituras paulistas. Durante a diligência feita na casa do então prefeito Artur Parada Prócida (ex-PSDB), os agentes da corporação encontraram R$ 5,3 milhões, em dinheiro vivo, e ele foi detido por suposta lavagem de dinheiro. A decisão que autorizou a operação determinou a suspensão da função pública do vice naquela ocasião, Márcio Cabeça (Republicanos). Em agosto, a Câmara decidiu cassar o mandato de ambos.
Ganhou, mas não levou
A Cidade passou a ser comandada de forma interina pelo presidente da Câmara, Rodrigo Casa Branca (ex-PSDB e atual União). A Justiça Eleitoral convocou eleições suplementares para a Prefeitura para o dia 28 de outubro de 2018. O pleito foi vencido pelo próprio vereador, mas ele não assumiu o cargo.
Reviravolta
No dia 22 de outubro, ou seja, seis dias antes das eleições suplementares, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Mesa Diretora da Câmara tomasse as providências imediatas para Cabeça retornar ao cargo de vice e, consequentemente, ao comando da Cidade, o que ocorreu no dia 31 daquele mês. Prócida estava em liberdade desde setembro, mas não voltou ao Executivo, porque uma das medidas cautelares aplicadas pela Justiça foi a proibição dele exercer funções públicas.
Dobradinha mantida
De volta a 2025, Wiazowski garantiu que a esposa Cristina, que preside o PP Mulher no Município, será candidata ao Executivo no próximo eleito e ela terá Júlio da Imobiliária (PDT) como vice, que também foi o companheiro de chapa de Paulinho no ano passado. "Não se mexe em time que está ganhando. "Nosso time está preparado e a população está com esse sentimento de injustiça, está com esse grito na garganta", ressaltou.
Inclusão no PAC
A deputada federal Juliana Cardoso (PT) esteve em Peruíbe, na última quarta-feira, quando participou da sessão da Câmara e de uma audiência com o prefeito Felipe Bernardo (PSD). Ao lado da vereadora Adriana Lima (PT), a parlamentar disse que iria reforçar o pedido junto ao Governo Federal para que as obras de recuperação da Estrada do Guaraú possam ser incluídas no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Lição de casa às prefeituras
A petista também passou poe Câmara de Praia Grande, onde foi uma das participantes do evento Feminismo na Praia Grande e Construção de Políticas Públicas para Mulheres. Durante a atividade, a parlamentar destacou que o Governo Lula tem avançado com programas essenciais, mas reiterou que os municípios também precisam agir. Ela citou como um dos avanços a criação da Casa da Mulher Brasileira, que oferece atendimento multidisciplinar e humanizado às mulheres em situação de violência.
Abaixo ao aborto
Na última quinta-feira, o vereador de Santos Adriano Catapreta (PSD) apresentou o Projeto de Lei 80/2025, que busca proibir a divulgação e o fomento de práticas de aborto em eventos públicos e privados. A proposta prevê uma multa no valor de 500 unidades fiscais do Estado de São Paulo (Ufeps's - R$ 18.510,00) para instituições privadas. Em caso de reincidência, o estabelecimento deverá ter o alvará de funcionamento suspenso por um ano.
Punição medrosa
Em vias e locais públicos, o organizador do evento terá de arcar com uma multa de 20 Ufesp's (R$ 740,40) e cada membro participante, 10 Ufesp's (R$ 370,20). Diante de uma reincidência, os valores serão cobrados em dobro.
Atuação no Congresso definida
A deputada federal Rosana Valle (PL) informou ontem que fará parte como integrante titular da Comissão de Viação e Transportes da Câmara e do Parlamento no Mercosul. Além disso, a parlamentar estará como suplente em mais dois núcleos temáticos da Casa de Leis: Comunicação e Defesa dos Direitos da Mulher.
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