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Violência policial na Baixada Santista será debatida na noite de hoje na Unifesp

Evento terá a participação do ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo, Claudio Silva. Durante a Operação Verão, 56 pessoas foram mortas pela Polícia Militar (PM) na região

Sandro Thadeu

11/04/2024 - quinta às 01h30

Olhares distintos
O efetivo da Polícia Militar (PM) nas cidades da Baixada Santista foi reforçado durante a Operação Verão, que teve início em dezembro do ano passado e terminou no dia 1º deste mês. Nesse período, foram presas 1.025 pessoas, apreendidas 119 armas de fogo e 2,6 toneladas de drogas. Apesar dos números positivos, um ponto de atenção foi a grande quantidade de civis mortos (56) em supostos confrontos com os agentes da segurança e eventuais violações de Direitos Humanos durante as abordagens em áreas periféricas. 

Violência policial em debate
O Ministério Público e diversas organizações receberam denúncias de abusos policiais cometidos nas comunidades da região durante a Operação Verão. Esse assunto será debatido hoje, a partir das 19 horas, no Edifício Acadêmico 1 da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) - Campus Baixada Santista (Rua Silva Jardim, 136, Vila Mathias, em Santos). O evento contará com a participação do ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo, Claudio Silva, da deputada estadual Mônica Seixas (PSOL) e da professora Renata Gonçalves.

Denúncia internacional
Na última terça-feira, a deputada federal Luciane Cavalcante, o parlamentar estadual Carlos Giannazi e o vereador paulistano Celso Giannazi (todos do PSOL) denunciaram o governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) e o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, ao Tribunal Penal Internacional por crime contra a humanidade em razão “dos casos de abuso de poder, tortura e prisões ilegais” durante as operações da PM na Baixada Santista. 

Detenção mantida
Por 277 a 129, a Câmara dos Deputados decidiu, ontem, manter a prisão do parlamentar Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado pela Polícia Federal de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. Dos congressistas da Baixada Santista, três estiveram com a maioria: Alberto Mourão (MDB), Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) e Rosana Valle (PL). Delegado da Cunha (PP) esteve ausente da sessão. Houve, ainda, 28 abstenções. 

Contra a maré
Dos 95 deputados federais do PL, 71 rejeitaram a ideia de manter Brazão detido. Ao contrário de congressistas alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Rosana Valle foi um dos setes nomes da legenda favoráveis à continuidade da prisão do parlamentar. Presidente do PL Mulher de São Paulo, ela deverá concorrer à Prefeitura de Santos nas eleições deste ano. 

Segunda chance
O jornalista Ademir Quintino vai concorrer novamente a vereador, em Santos. Na primeira tentativa, em 2020, ele ficou como primeiro suplente do PSL (atual União Brasil). Agora, ele está filiado ao PSB, que tem o deputado estadual Caio França como coordenador regional. Ambos têm uma afinidade muito grande, inclusive torcem para o Santos Futebol Clube.

Santista de coração
Muito querido pela torcida do Peixe, Quintino chegou a assumir a cadeira do Legislativo por alguns dias em 2021 e no ano passado. Ele foi o autor dos projetos de lei para conceder o título de Cidadão Santista ao ex-jogador do Alvinegro Giovanni, o "Messias", e ao rapper e compositor Mano Brown. Ele também apresentou a proposta de entregar o título de Cidadão Emérito de Santos ao atacante Rodrygo, do Real Madrid, que foi revelado nas categorias de base do Santos. Essa matéria ainda não foi apreciada em plenário.

Luto
O ex-vereador de Santos Jorge Vieira da Silva Filho, o Carabina, de 74 anos, morreu na noite da última terça-feira, no Hospital dos Estivadores, onde estava internado. Em janeiro deste ano, ele sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e chegou a ficar internado por vários dias no Complexo Hospitalar da Zona Noroeste. O corpo dele foi sepultado no Cemitério da Filosofia, no Saboó.

Figura popular
Estivador aposentado, Carabina esteve no Legislativo por quatro legislaturas (2005-2008, 2009-2012, 2013-2016 e 2013-2016) e sempre se manteve na base aliada dos chefes do Executivo. Ele tinha como marca registrada andar pela Cidade e ir aos eventos com o chapéu panamá, assim como fazer visitas aos pacientes internados na Santa Casa de Santos. Além disso, o ex-parlamentar manteve durante anos um projeto social, com foco no esporte, voltado a crianças, adolescentes e jovens.

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