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Apesar de algumas trocas de farpas, os concorrentes ao Executivo analisaram diversos aspectos da Cidade e priorizaram a apresentação de propostas para o futuro do Município
Sandro Thadeu
22/08/2024 - quinta às 03h40
Primeiro round
O primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura de Santos realizado pela TV Thathi Band Litoral, na noite de ontem, foi marcado pela postura incisiva e crítica da deputada federal Rosana Valle (PL) em relação à gestão do prefeito Rogério Santos (Republicanos), que aproveitou o tempo para destacar as ações e realizações do mandato. Telma de Souza (PT) também fez críticas à Administração Municipal e relembrou feitos da própria gestão (1989-1992). Nando Pinheiro (Avante) se concentrou em se apresentar ao público.
Saldo positivo
Apesar de algumas trocas de farpas, os concorrentes ao Executivo santista priorizaram discutir a Cidade e apresentar propostas para resolver os problemas da população. Mediado pelo jornalista Pedro Campos, o debate teve um ambiente bem diferente do promovido, no início deste mês, pela mesma emissora entre os concorrentes à Prefeitura de São Paulo, que ganhou repercussão nacional, devido à intensa troca de acusações entre os participantes e palavras de baixo calão.
Direito de resposta
No quarto e último bloco do debate, a direção concedeu direito de resposta à Rosana após o candidato do Avante ter tirado uma medalha do bolso para presenteá-la "por ser a mais gastona" da Câmara dos Deputados, mencionando que ela utilizou cerca de R$ 500 mil em suas atividades parlamentares. A integrante do PL disse que essa informação publicada no jornal Diário de São Paulo era uma "fake news".
Novas secretarias
Se eleita, Telma afirmou que pretende criar duas novas secretarias municipais. Uma delas seria a de Habitação, uma antiga reivindicação dos movimentos de moradias da Cidade. A outra pasta, do Funcionalismo e das Relações do Trabalho, teria como objetivo aprimorar as carreiras dos servidores públicos e melhorar as capacitações voltadas à categoria.
Prático
Rogério não quis fazer perguntas à candidata do PL, que o questionou sobre a situação da saúde e da educação no Município. Ao responder uma pergunta feita por Pinheiro e mencionar a doação de um terreno na Zona Noroeste para o Centro Paula Souza construir uma Etec e uma Fatec, o prefeito afirmou que leva "o projeto pronto e não requerimento. A gente não leva problema para os outros, mas a solução".
Carinho do governador
Em pelo menos duas ocasiões, Rosana mencionou que conta com "o carinho" do governador Tarcísio Gomes de Freitas, colega de partido do atual chefe do Executivo municipal. Ela também reforçou que conta com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da esposa dele, Michelle.
Homem do povo
Pinheiro disse que é quase impossível furar a bolha por não ser um político profissional, ao contrário dos demais concorrentes. Ele foi o único que aproveitou o tempo para divulgar suas páginas nas redes sociais. "Eu sou você. Eu sou do povo, representando você que está em casa. Fale de que bairro você é e diga o que o bairro está precisando, porque aqui eu represento exatamente você!", destacou.
Renúncia
Na última segunda-feira, a ex-vereadora de Itanhaém Professora Regina (PT) protocolou no cartório eleitoral o pedido de renúncia à candidatura a vice-prefeita na chapa liderada pelo advogado e ex-chefe do Executivo municipal João Carlos Forssell Neto (PV). A docente explicou ontem à coluna que tomou essa decisão em razão de um problema de saúde familiar, o que a impediria de se dedicar à campanha.
Substituição
O empresário e produtor cultural Áureo Bacelar (PT) foi escolhido como o novo vice de Forssell. "A Professora Regina continua sendo a nossa líder partidária e nos apoiando nos bastidores", destacou o petista, que concorreria ao Legislativo. A vaga dele na chapa de vereadores da federação Brasil da Esperança (formada por PCdoB, PT e PV) foi ocupada por João Batista da Luz.
Vai para o arquivo
A Câmara de Cubatão acatou o veto do Executivo ao Projeto de Lei 31/2024, que trata do reconhecimento da fibromialgia incapacitante como deficiência. A proposta é de autoria do vereador Alessandro Oliveira (Republicanos). A decisão foi tomada pela Casa na sessão da última quinta-feira.
Questão de equilíbrio
Segundo a Administração Municipal, a proposta prevê custos adicionais, de ordem financeira e atuarial, ao Regime Próprio de Previdência Social dos servidores municipais. Além disso, a criação desse critério que pode aumentar as despesas sem o prévio estudo atuarial configuraria irregularidade, contrariando o mandamento constitucional e orientações do Ministério da Previdência.
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