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O vereador do PL não tem poupado críticas ao chefe do Executivo. Em 2021, ele teve uma fala contundente contra a deputada federal e candidata à Prefeitura pela sigla, Rosana Valle
Sandro Thadeu
29/08/2024 - quinta às 01h45
Pedra no sapato
O vereador de Santos Rui De Rosis (PL) deixou de ser aliado do prefeito Rogério Santos (Republicanos) e não tem economizado nas críticas ao atual chefe do Executivo. O parlamentar tem feito discursos contundentes para apontar as falhas da gestão municipal. Esse modo de agir do legislador tem incomodado alguns aliados do ocupante da principal cadeira do Palácio José Bonifácio.
Recordar é viver
Essa postura incisiva em plenário é uma marca do parlamentar. Até mesmo a deputada federal e atual candidata à Prefeitura de Santos pelo PL, Rosana Valle, foi alvo dele. Na sessão do dia 27 de abril de 2021, quando estava no PSL (atual União Brasil), De Rosis expressou sua indignação em relação a uma postagem da congressista (que ainda estava no PSB) nas redes sociais. Rosana havia afirmado que a Prefeitura acatou o pedido dela para isentar a cobrança de tributos a comerciantes e ambulantes.
Trabalho coletivo ignorado
"Vereadores, ao que parece, tudo que acontece em nossa cidade e na região é fruto do mandato da socialista deputada federal Rosana Valle. Na ânsia de continuar surfando na crista da onda das redes sociais, que, aliás, tudo aceita como se fosse verdade, menospreza o trabalho de prefeitos, vereadores e deputados da região", disse o vereador.
Elogios ao prefeito
De Rosis chegou a mencionar que a parlamentar ignorava, de maneira venal, todo o esforço conjunto do Legislativo santista, do empresariado local e do prefeito, "que vem, desde o início da pandemia (de covid-19), através de sucessivas reuniões, ofícios, requerimentos, se reunindo na tentativa de encontrar soluções para minimizar o drama enfrentado pela população da nossa cidade".
Compromisso com o povo
Em resposta a este colunista naquela ocasião, Rosana considerou as críticas um elogio. "Sempre trabalhei muito e não seria diferente na política. Fui eleita para isso e tenho abraçado todas as causas da minha região. Neste caso específico, fiz um pedido ao Condesb (Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista) e solicitei a isenção aos ambulantes das cidades da Baixada Santista. Parabéns ao prefeito de Santos por atuar em favor dos comerciantes", explicou.
Clima quente
A temperatura subiu na Câmara de Santos, durante a sessão realizada na última terça-feira. De Rosis criticou o colega Fabrício Cardoso (Pode) por ter apagado um áudio sobre as eleições majoritárias enviado ao grupo de WhatsApp dos vereadores. "Ele colocou alguma coisa sobre o PL, dizendo que vai esmagar. Vereador, não vai esmagar nada! Eu lhe tenho como frouxo. Pior de tudo, é politiqueiro!", desabafou. A expressão "frouxo" foi retirada da ata por determinação do presidente da Casa, Cacá Teixeira (PSDB).
Bateu, levou
Aliado do prefeito Rogério Santos, Cardoso foi à tribuna e explicou que retirou a mensagem em respeito aos parlamentares que não fazem parte da base do Governo. "Tem gente que surfa conforme a onda. Às vezes, quando está na liderança do Governo e cheio de cargos, senta o prego na deputada, mas a marola muda e escolhe o outro lado", frisou.
Emprego em foco
O prefeito de Cubatão, Ademário Oliveira (PSDB), enviou à Câmara o projeto de lei que trata da criação do Conselho Municipal do Trabalho, Emprego e Renda. A proposta estabelece que esse colegiado tenha de 9 a 18 integrantes e seja composto de forma tripartite e paritária por representantes do Governo, de trabalhadores e de empregadores.
Novo fundo municipal
A matéria também prevê a instituição do Fundo Municipal do Trabalho, que será o órgão responsável pela captação e aplicação de recursos destinados às políticas de fomento e apoio à geração de trabalho, emprego, renda, qualificação e requalificação profissional no Município.
Luto
O mundo do futebol está de luto pela morte do zagueiro Juan Izquierdo, ocorrida na noite da última terça-feira. O defensor uruguaio de 27 anos, que jogava pelo Nacional-URU, sofreu uma arritmia cardíaca durante a partida contra o São Paulo, realizada no Morumbis, na quinta-feira passada. O confronto era válido pelas oitavas de final da Copa Libertadores da América.
Morte na Vila Belmiro
Uma situação semelhante ocorreu em Santos, durante a década de 1960, e merece ser recordada. A lembrança veio do fiel leitor da coluna e jornalista José Carlos Gomes Valenci, mais conhecido como Pássaro. No dia 12 de julho de 1961, o ponta-direita do Jabaquara Alberto Mendes Lara, de apenas 20 anos, sofreu um mal súbito na Vila Belmiro em razão de um problema cardíaco e faleceu. O caso deixou a Cidade consternada, porque o jogador era uma figura muito querida no bairro do Macuco e tinha um futuro promissor no futebol. A Câmara Municipal custeou o funeral. Esse pedido, do então vereador Antonio de Carlis, foi aprovado pelo Parlamento.
Sem clima
Naquela data, o Leão da Caneleira enfrentava o Comercial, de Ribeirão Preto, pelo Campeonato Paulista. Ao cair no gramado, o jovem recebeu atendimento imediato do massagista Domingos Aroni e do médico e presidente do clube santista, Washington Giovanni. Lara foi substituído e morreu pouco depois, quando estava prestes a ser levado à Santa Casa. Diante da tragédia e da comoção geral do público, o árbitro Carmelito Voi decidiu suspender a partida aos 25 minutos da etapa inicial, quando o Jabaquara vencia por 1 a 0.
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