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O candidato do Republicanos à reeleição reiterou esse compromisso durante o primeiro debate deste segundo turno promovido pela TV Thathi Band Litoral, na noite de ontem
Sandro Thadeu
15/10/2024 - terça às 03h05
Compromisso firmado
A TV Thathi Band Litoral realizou, na noite de ontem, o primeiro debate entre os candidatos que disputam o segundo turno das eleições em Santos, a deputada federal Rosana Valle (PL) e Rogério Santos (Republicanos), que busca a reeleição. Se for reconduzido ao cargo, o chefe do Executivo garantiu que vai implementar a gratuidade no transporte coletivo municipal. "Atualmente, a Administração já subsidia 22% do valor da passagem. Meu objetivo é, gradualmente, chegar a tarifa zero", reiterou.
Incoerência
A parlamentar questionou o adversário sobre a incoerência de defender essa proposta, pois teve a oportunidade de ampliar a gratuidade do transporte coletivo para os idosos de 60 a 64 anos, mas vetou esse projeto de lei. "Essa promessa da tarifa zero é igual aquela de acabar com as enchentes da Zona Noroeste. Promete, promete e não acaba", ressaltou.
Ideias rasas
Rogério buscou fazer questionamentos específicos de ações que a candidata do PL realizaria, por exemplo, para conter as enchentes na Zona Noroeste e os efeitos das mudanças climáticas na região da orla, mas Rosana não deu detalhes. "Ficou muito claro quando a gente pergunta. As pessoas não respondem e não têm profundidade nas respostas", ressaltou. O prefeito chegou a dizer que chegou a se lembrar do Rolando Lero, icônico personagem da Escolinha Professor Raimundo interpretado por Rogério Cardoso, que enrolava para responder as indagações até receber dicas do docente vivido por Chico Anysio.
Falta de criatividade
De forma enfática, a parlamentar rebateu ao dizer que o atual chefe do Executivo tinha planos e soluções para todos os problemas, mas perdeu a chance de concretizá-los, não trazendo melhorias para a vida dos santistas. "(O Rogério) é o tipo de político que já está no cargo há tanto tempo que não consegue pensar fora da caixinha, não consegue ter boas ideias", frisou. Ela fez um alerta ao adversário: "a arrogância precede a queda. Você está tentando me desqualificar o tempo todo. Estou me mantendo firme, apresentando as propostas para a nossa cidade", disse.
Passou o pito
Apesar de algumas cutucadas entre os adversários, não houve uma troca de ofensas pessoais, nem pedidos de direito de resposta. No final do segundo bloco, o mediador João Leite pediu para os assessores dos candidatos conterem os ânimos para não atrapalhar o andamento do debate.
Nem lá, nem cá
A Executiva do PT de Santos emitiu uma nota ontem para informar que as pautas defendidas pela sigla não estão contempladas nas candidaturas que disputam o segundo turno. Por esse motivo, a sigla é oposição a ambos concorrentes. "Recomendamos que se evite o bolsonarismo e o fascismo nas urnas votando contra a extrema-direita", destacou.
Farinha do mesmo saco
O PSOL também emitiu uma nota ontem para deixar claro que a legenda fará oposição ao vencedor das eleições para o Executivo, porque "representam projetos antagônicos e não merecem nenhum tipo de confiança política. São projetos similares, com nuances mais ou menos democráticas que facilitam ou dificultam nossa capacidade de lutar", ressaltou.
Ela não
O documento traz críticas à gestão de Rogério no que diz respeito às políticas de habitação, cuidado com o funcionalismo público e esvaziamento de políticas públicas. Em relação à Rosana, o partido destacou que a deputada é "inimiga da educação e privatista" e "está associada diretamente com o que há de pior e mais atrasado na política brasileira: Jair Bolsonaro". Por esse motivo, a sigla priorizará o combate antifascista. "Defendemos junto de nossa militância, nenhum voto em Rosana Valle, nenhum voto aos aliados de Bolsonaro".
Pingo nos is
A Chancelaria do Bispado da Diocese de Santos emitiu ontem uma nota de esclarecimento relacionada às eleições municipais deste ano e reiterou que a Igreja Católica não participa na política eleitoral, nem nas campanhas eleitorais, pois "tem compromisso com a política no sentido de atuação coerente com tudo o que condiz com o bem comum, e procura conscientizar os fiéis para que participem ativamente na promoção de políticas públicas que visem o bem de todos, e ajudar no discernimento das escolhas que fazem nas votações", explicou.
Falta de ética
Por esse motivo, a instituição não aprova a utilização da imagem de padres, fiéis e do templo em campanhas publicitárias para fins eleitorais. "Pelo contrário, considera tal prática falta de ética e de respeito, além de poder ser caracterizada como crime eleitoral. Qualquer produção e publicação nesse sentido é de inteira responsabilidade dos autores, que estarão sujeitos a serem denunciados e a responderem nas devidas instâncias da Justiça.", destacou.
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