Prefeitura de Guarujá interdita obra da MRS Logística em Vicente de Carvalho

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A Prefeitura de Guarujá decidiu embargar os acessos ao canteiro de obras da MRS Logística para a instalação de uma linha férrea e construção da nova pista para caminhões na Avenida Senador Salgado Filho, no Jardim Santense. A medida foi tomada na última terça-feira, após os moradores desse bairro do Distrito de Vicente de Carvalho denunciarem que as intervenções comprometeram o sistema de macrodrenagem da região.

Defesa do povo
"Meu compromisso é defender os interesses da população de Guarujá. Nosso povo e nossa cidade merecem respeito. Assim que o problema estiver resolvido por parte da empresa voltarei para verificar se a obra tem condições de prosseguir e liberar o acesso", ressaltou o chefe do Executivo municipal, Farid Madi (Pode), que esteve no local para conversar com os moradores e com representantes da empresa. O encontro não teve um clima amistoso. 

Protesto da comunidade
Após as fortes chuvas que atingiram o Município no último sábado, a água invadiu a residência de muitas famílias do Jardim Santense, que perderam documentos, alimentos e bens materiais. Como forma de protesto, os moradores bloquearam a passagem dos trens com móveis destruídos e entulhos, no último domingo. 

Recado do Legislativo
Na sessão da última terça-feira, a Câmara aprovou uma moção de repúdio contra a MRS Logística em razão das obras mal feitas na Avenida Senador Salgado Filho. A iniciativa partiu do vereador Sérgio Santa Cruz (Cidadania), que ficou revoltado com a situação. "Na hora da explicação, dois engenheiros da empresa sorriram e disseram que sabiam que isso iria ocorrer, mas que era necessário. Essas empresas são milionárias, mas não vão fazer tudo o que querem em Guarujá", afirmou. 

Sem resposta
Na tarde de ontem, a coluna pediu um posicionamento da MRS Logística sobre essa situação, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para a manifestação da empresa, que encerrou o último ano com o maior lucro líquido de sua história (R$ 1,4 bilhão). 

Cobrança
As professoras de Educação Infantil I da rede de ensino de Cubatão realizaram ontem um protesto no gabinete do prefeito Cesar Nascimento (PSD). As trabalhadoras cobraram a equiparação salarial com os demais cargos do Magistério, alegando uma defasagem de 40% na remuneração. Antes dessa mobilização, a categoria já havia aprovado a deflagração de greve, a partir da próxima terça-feira, devido à falta de resposta da Administração Municipal sobre a proposta de reajuste nos vencimentos e benefícios dos profissionais desse segmento. 

Antes tarde do que nunca
Diante da pressão, o secretário adjunto de Gestão, José Luís Oliveira da Silva, recebeu representantes do Sindicato dos Professores Municipais e se comprometeu a apresentar uma contraproposta à instituição amanhã, às 10 horas. Detalhe: a pauta de reivindicações da campanha salarial foi entregue há exatos dois meses. 

Nova tentativa
A Câmara de Santos analisará na sessão de hoje um novo pedido de convocação da secretária municipal de Segurança, Raquel Gallinati, para responder questionamentos sobre o suposto uso de veículos oficiais para fins pessoais. No último dia 9, essa mesma solicitação apresentada por Allison Sales (PL) havia sido rejeitada pelo Legislativo. 

Defesa da corporação
A Federação Nacional de Sindicatos de Guardas Municipais (Fenaguardas) divulgou ontem nota de repúdio às críticas feitas por alguns vereadores de Santos que "vêm promovendo uma narrativa injusta e distorcida sobre o papel da Guarda Civil Municipal (GCM)" ao tentar responsabilizar a corporação pelos problemas existentes na Cidade. Os nomes dos parlamentares não foram mencionados. 

Visão equivocada
A entidade apontou que algumas declarações dos parlamentares apenas demonstram a falta de conhecimento sobre o papel da GCM. "Tentar, por exemplo, responsabilizar a GCM pela presença de pessoas em situação de vulnerabilidade social ou em demandas como acúmulo de lixo no Município soa como um discurso distorcido e sem embasamento técnico", apontou.

Papel estratégico
Na avaliação da Fenaguardas, as GCMs têm papel estratégico e complementar no Sistema Único de Segurança Pública, atuando no patrulhamento preventivo e na promoção da segurança comunitária. "Por isso, causa preocupação o retrocesso institucional que alguns parlamentares tentam impor ao querer reduzir a atuação da GCM a tarefas de vigilância patrimonial estática, em uma espécie de atuação como porteiro ou vigia", reforçou a instituição.

Dano ambiental
O juiz da 2ª Vara de Miracatu, Luiz Gustavo Rosá, acatou o pedido do promotor regional do Meio Ambiente do Vale do Ribeira, Paulo Campos dos Santos, e concedeu liminar (decisão provisória e de caráter imediato) para suspender as atividades irregulares de mineração em três portos de areia de Cananeia. O magistrado determinou que as áreas de preservação permanentes no leito do Rio São Lourencinho sejam restauradas pela empresa Air Campos da Rocha & Cia Ltda..