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Câmara vota hoje projeto de lei que autoriza a Prefeitura fazer uma permuta de terrenos para viabilizar a transferência desse bolsão para uma área com melhor acesso às rodovias
Sandro Thadeu
26/11/2024 - terça às 01h15
Mudança de local
A Câmara de Cubatão votará na sessão de hoje o Projeto de Lei 58/2024, que autoriza a Prefeitura a fazer a permuta de um terreno de 58 mil metros quadrados do Município, que fica na Estrada Plínio de Queiroz e abriga o estacionamento de caminhões. A ideia é trocar a propriedade por uma área de propriedade privada próxima à Rodovia Anchieta ou à Rodovia Dom Cônego Domênico Rangoni. O objetivo é transferir esse bolsão de veículos pesados para um espaço mais seguro, com melhor acesso às estradas e menor impacto no tráfego urbano.
Riscos ambientais
O atual estacionamento de caminhões está sob um duto de amônia e o solo desse imóvel público, avaliado em R$ 29,665 milhões, está contaminado por resíduos industriais e derramamento de combustíveis. O local "pode ser comparado, guardada a devida proporção, ao acidente ocorrido em Brumadinho com o rompimento da barragem da Valem em 2019", informou o secretário municipal de Obras, Marcos Silva Quarterolli, em documento enviado ao Legislativo.
Resistência
A descontaminação do solo tem um custo muito elevado, o que levou à estigmatização. A Prefeitura tentou leiloar a área por duas vezes, mas não teve sucesso. Fábio Roxinho (Avante) e Rodrigo Alemão (PSB), que fazem oposição à atual gestão, apresentaram emendas ao projeto de lei, mas elas receberam parecer contrário das comissões de Justiça e Redação, de Finanças e Orçamento e de Obras e Serviços Públicos.
Sem amarras
Ex-deputada estadual e vereadora eleita de São Paulo, Janaina Paschoal (PP) defendeu que "a direita tem que se libertar" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas não se livrar dele a qualquer preço, apoiando uma eventual prisão que não seja justa". Em entrevista concedida ontem ao programa ZR News, da rádio Santa Cecília, ela afirmou que é preciso pensar e discutir agora outros nomes para representar a direita na disputa pela Presidência da República, em 2026.
Dedo na ferida
"Essa história de o Bolsonaro se colocar como candidato (a presidente) e enfiar um filho na retaguarda só vai prejudicar ainda mais a direita. Nós não queremos votar em Flávio Bolsonaro (que é senador pelo Rio de Janeiro). É preciso fazer esse debate agora. Caso contrário, iremos perder de novo e com respaldo de gente que levou voto direitista. Isso não é justo com a população", desabafou ela, que é advogada e foi uma das autoras do pedido que levou ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016.
Separar o joio do trigo
A futura vereadora paulistana também demonstrou incômodo com a postura do secretário de Estado de Governo e Relações Institucionais e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que recentemente disse a empresários torcer pela reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "O Kassab tem que se decidir. Se ele não se decide, quem deve fazer isso é o Tarcísio. Ele não pode ter um pé em cada canoa, pois está usando a máquina de São Paulo para fortalecer o Lula", reiterou.
Mudanças urbanísticas em pauta
A Câmara e a Prefeitura de São Vicente promovem hoje audiência pública para discutir a revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento e Expansão Urbana e da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos). O evento ocorrerá a partir das 18 horas, na sede do Legislativo municipal, que fica na Rua Jacob Emmerich, 1195, Parque Bitaru. O objetivo desse encontro é ouvir as sugestões da população para o desenvolvimento urbano da Cidade.
Sem culpados
O juiz da 1ª Vara do Júri da Capital, Antonio Carlos Pontes de Souza, decidiu estender a absolvição do único réu acusado de matar o ex-secretário de Coordenação Governamental de Guarujá, Ricardo Joaquim, aos outros três denunciados pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) de estarem envolvidos nesse assassinato. A sentença é da última sexta-feira.
Homem forte
Joaquim era um dos nomes mais fortes da gestão da então prefeita Maria Antonieta de Brito (MDB). Ele havia sido exonerado do cargo dias antes de ser executado em uma reunião do diretório municipal do PPL (Partido Pátria Livre, que foi incorporado pelo PCdoB, em 2019). O MP-SP alegou que o ex-secretário recebeu dinheiro para anistiar dívidas de IPTU de um terreno de dois empresários e que o crime teria sido motivado pelo não cumprimento desse acordo informal.
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