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O candidato a prefeito do PL garante que suas despesas estão dentro do limite de gastos
Sandro Thadeu
06/09/2024 - sexta às 02h37
Pedido de investigação
O Novo ajuizou ontem ação de investigação judicial eleitoral (Aije) em que pede a inelegibilidade do candidato à Prefeitura de Guarujá pelo PL, Ronald Nicolaci, por abuso de poder econômico em razão dos gastos de pré-campanha, que teriam ultrapassado o limite estabelecido pela Resolução 23.610/2019.
Evidências
O pedido apresentado à Justiça Eleitoral aponta que, de maio a julho deste ano, o integrante do PL gastou R$ 203 mil em impulsionamentos nas redes sociais. "É perceptível que a soma gasta é exorbitante, havendo violação à moderação e proporcionalidade exigidas para o impulsionamento pago na pré-campanha", justificou o partido.
Acima do limite
Em julho, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou os limites de gastos das campanhas para prefeito e vereador de todas as cidades do País. No caso de Guarujá, os postulantes ao Executivo devem gastar até R$ 1,924 milhão. Os advogados do Novo apontam que o pré-candidato ou candidato ao Executivo ou ao Legislativo podem doar para a própria campanha até 10% do teto. Portanto, Nicolaci já teria extrapolado esse limite, o que causa um desequilíbrio na disputa.
Tudo em ordem
A assessoria de Nicolaci informou à coluna que todos os gastos foram legítimos e dentro do limite de gastos pré-eleitorais.
Melhor opção
O desembargador aposentado e ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Ivan Sartori, publicou uma foto esta semana ao lado de Pablo Marçal, que disputa a Prefeitura de São Paulo pelo PRTB. Na avaliação dele, Marçal é a melhor opção para governar a Capital pelos próximos quatro anos. "Ele é um empreendedor e o discurso dele, para mim, guarda coerência. Além do que é o candidato que mais se afina com os valores defendidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro", justificou.
Surpresa positiva
Nas eleições de 2020, Sartori concorreu ao Executivo de Santos pelo PSD com o apoio de Bolsonaro e ficou em segundo lugar na disputa. No pleito deste ano, o ex-integrante do Judiciário paulista decidiu apoiar a reeleição de Rogério Santos (Republicanos). "Ele me surpreendeu na administração da Cidade e vem caminhando bem", disse.
Problema de origem
Sartori vê com ressalvas a candidatura da deputada federal Rosana Valle (PL e ex-PSB), que é apresentada como a "verdadeira direita". "Apesar de apoiada pelo Jair (Bolsonaro), a jornalista nasceu na esquerda e sempre defendeu essa ideologia. Vejo conveniência por parte dela nesse apoio do Jair. Também não tem experiência administrativa", afirmou.
No olho do furacão
A organização Me Too Brasil, organização que acolhe vítimas de violência sexual, acusou ontem o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, de ter supostamente praticado assédio sexual contra mulheres. Uma das vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se manifestou sobre o tema. Essa informação foi divulgada em primeira mão pelo colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles. Na última quarta-feira, o UOL noticiou que dez procedimentos internos foram abertos na pasta, até janeiro deste ano, para apurar possíveis casos de assédio moral praticado por Almeida.
Falsas acusações
Por meio de nota, o ministro divulgou um vídeo para negar as acusações sem provas e repudiar as mentiras. "O que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro", explicou. Ele disse que iria encaminhar ofícios à Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério da Justiça e Segurança Pública e Procuradoria-Geral da República (PGR) para que façam uma apuração cuidadosa do caso.
Fim da linha
No final da noite de ontem, a primeira-dama Janja da Silva publicou no Instagram uma foto onde aparece abraçada e beijando a testa de Anielle Franco. Ao que tudo indica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já está pensando em algum nome para assumir a vaga atualmente ocupada por Almeida.
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