Nicolaci decide apoiar Farid Madi na disputa do segundo turno em Guarujá

Mais um apoio
O ex-prefeito de Guarujá, Farid Madi (Pode), conquistou mais um importante apoio neste segundo turno contra o vereador Raphael Vitiello (PP): o ex-presidente da Câmara e policial militar reformado, Ronald Nicolaci (PL), que terminou em terceiro lugar na disputa pelo Executivo neste ano ao conquistar 19.223 votos, ou seja, 11,56% dos sufrágios válidos. Outros quatro partidos seguiram esse mesmo caminho que o PL (Republicanos, União Brasil, PDT e PSB). 

Hora de mudar
“Temos que pensar no futuro do Guarujá. Do jeito que está, não dá para ficar. Sabem das minhas propostas, sabem que quero mudança. Nicolaci 22, agora, é Farid 20. Vamos mudar nossa cidade”, afirmou. O anúncio oficial será realizado hoje, a partir das 9 horas, na Rua Buenos Aires, 450. Outros quatro partidos seguiram o mesmo caminho do PL neste segundo turno: Republicanos, União Brasil, PDT e PSB.

Menção indesejada
O candidato a prefeito de Guarujá pelo PP, Raphael Vitiello, e o seu vice, Fernando Peitola (PRD), foram mencionados em uma denúncia recebida pela Polícia Civil que resultou na Operação Hereditas, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) - Núcleo Santos, no dia 1º deste mês. A apuração identificou indícios de fraudes em licitações da Câmara e da Prefeitura de Guarujá, além de um possível favorecimento de agentes públicos mediante o recebimento de propinas.

Sem indícios
Os jornalistas Fausto Macedo e Rayssa Motta, do jornal O Estado de S. Paulo, tiveram acesso ao relatório da Delegacia Seccional de Praia Grande que embasou a operação e divulgaram ontem alguns detalhes sobre o caso. A Polícia Civil defendeu a realização de buscas em endereços ligados a Vitiello e Peitola, mas os integrantes do Gaeco entenderam que não havia indícios que corroborassem a versão do denunciante. 

Confiança na Justiça
A assessoria jurídica dos parlamentares informou que ambos não foram alvos da Operação Hereditas, nem foram intimidados a prestar quaisquer esclarecimentos. "Confiamos na Justiça e na apuração dos fatos. O que estão propagando não passa de 'fake news' eleitoral e medidas jurídicas estão sendo tomadas", reiterou.

Nada a declarar
O vereador Nego Walter (PSB) também foi mencionado nessa investigação. "Não tenho nenhuma informação relacionada à Operação Hereditas. Afirmo que não fui alvo de mandado de busca e apreensão e não tive acesso ao processo, que corre em segredo de justiça", justificou. 

Sem resposta
Três vereadores foram alvos de busca e apreensão dessa ação do Gaeco: Santiago Ângelo (PP), Mario Lúcio da Conceição (Cidadania) e Juninho Eroso (PP), o único dos três que não se manifestou até o fechamento da coluna desta segunda-feira. 

Resposta nas urnas
Angelo justificou que não poderia se aprofundar nas explicações, pois a investigação corre sob sigilo. No entanto, ele admitiu que ficou surpreso com a operação deflagrada na semana da eleição, cuja origem foi  "uma denúncia evidentemente de cunho eleitoral". O parlamentar citou que está à disposição das autoridades para auxiliar na apuração. "A minha maior resposta já foi dada no último domingo ao ser reeleito com a segunda maior votação entre os concorrentes ao Legislativo", ressaltou.

Consciência tranquila
Mario Lúcio também justificou que não poderia dar detalhes sobre o caso, que tramita sob sigilo judicial. "A justiça divina é também a justiça dos homens. Será provado que eu não tenho nada a ver com isso. Quem não deve, não teme", frisou.

Serenidade
A advogada Janaina Ballaris (União) retornará à Câmara de Praia Grande e entende estar mais madura para atuar no Parlamento em prol da população, após quatro anos longe dessa função. Em entrevista concedida recentemente ao Jornal Litoral, da rádio RTL Santos, a vereadora eleita explicou que o atual presidente do Legislativo, Marco Antonio de Sousa, o Marquinho (MDB), quer seguir no comando da Casa de Leis. No entanto, ela defendeu a alternância de poder. 

Maduro de Praia Grande
"Ele (Marquinho) parece que quer ser o (Nicolás) Maduro de Praia Grande", disse Janaina, fazendo alusão ao presidente da Venezuela, que está no poder de 2013 e foi reeleito neste ano em um pleito bastante contestado pela oposição e pela comunidade internacional. A advogada, que tem rusgas com o chefe do Legislativo municipal, fez um desabafo: "não é legal ficar muito tempo no poder, porque a pessoa começa a cometer abuso de autoridade. (...) Ele quer continuar me perseguindo. Eu temo pela minha vida". 

Missão cumprida
O MDB de São Vicente voltou a conquistar uma cadeira no Legislativo. A sigla estará representada no Parlamento por Edivaldo da Auto Escola. "Como presidente municipal do partido, entendo que saímos gigantes desta eleição em razão de diversas dificuldades encontradas no meio do caminho", ressaltou Caio Borelli Zaller.