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Justiça Eleitoral condena Tadeu da Educação por compra de votos

Reeleito, o vereador de Mongaguá afirmou que recorrerá da decisão. Caso a sentença seja mantida, a vaga do Legislativo conquistada pelo MDB ficará com Rodrigo Rodrigues (PDT)

Sandro Thadeu

13/12/2024 - sexta às 02h30

Fora do jogo
O juiz da 189ª Zona Eleitoral de Itanhaém, Paulo Alexandre Rodrigues Coutinho, seguiu o entendimento do Ministério Público e condenou o vereador reeleito de Mongaguá Tadeu da Educação (MDB) pela prática de abuso de poder político e econômico e de compra de votos durante as eleições deste ano. O magistrado determinou a cassação do diploma do parlamentar, a inelegibilidade dele por oito anos e o pagamento de uma multa de R$ 5 mil.

Ligando os pontos
Na avaliação de Coutinho, "as evidências vão além de presunções" neste caso. No dia do primeiro turno do pleito, o motorista da van contratada para a campanha do parlamentar foi detido, em flagrante, transportando pessoas até os locais de votação. As testemunhas relataram que o transporte foi prometido por Tadeu nos dias anteriores à eleição, sugerindo que os cidadãos deveriam votar nele em troca de futuros benefícios para a comunidade. O juiz entendeu que o conjunto de provas comprova a ligação direta entre o transporte oferecido e o candidato investigado, o que configura abuso de poder político e econômico, além de captação ilícita de sufrágios. 

O herdeiro da vaga
O autor dessa ação judicial é o corretor de imóveis Rodrigo Rodrigues, candidato à Câmara pelo PDT, que poderá ser o principal beneficiado por essa decisão judicial, caso seja confirmada em instâncias superiores. Afinal, os 756 sufrágios recebidos por Tadeu serão anulados, o que exigirá a retotalização dos resultados do pleito. Conforme projeção feita pela coluna, o MDB perderia uma cadeira para a legenda trabalhista, que passaria a ter representação no Legislativo com Rodrigues. 

Vai recorrer
Por meio de nota, Tadeu da Educação afirmou que recebeu a decisão com serenidade e está convicto de que "a verdade prevalecerá, como sempre acreditei e defendi". O parlamentar disse que respeita a sentença, mas reiterou que ela não reflete a realidade dos fatos, conforme demonstrado nos autos do processo. "Todas as minhas atividades foram realizadas dentro dos limites da lei e com o objetivo único de promover melhorias significativas para os munícipes, especialmente em áreas prioritárias como educação, saúde, segurança e infraestrutura", frisou. 

Atrás das grades
O vereador de Peruíbe Ivan Colares (PCdoB) foi preso pela Polícia Civil, em casa, na última terça-feira. Segundo informações do portal Metrópoles, o legislador, que não conseguiu se reeleger, é acusado de ter praticado o crime de estupro de vulnerável. O caso tem sido o principal assunto no Município ao longo das últimas horas. 

Sem resposta
A coluna entrou em contato com a assessoria do parlamentar e com a direção estadual do PCdoB, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para a manifestação de Colares e da legenda. 

Novos secretários
O prefeito eleito de Peruíbe, Felipe Bernardo (PSD), confirmou ontem mais quatro nomes que farão parte da gestão municipal a partir de 1º de janeiro. Administrador de empresas com pós-graduação em Gestão Pública, Alberione Rolim será o novo secretário da Fazenda. A pasta de Assuntos Jurídicos ficará aos cuidados do advogado Paulo Renato Passos de Carvalho Pereira, irmão do atual gestor municipal, Luiz Maurício (PSD). 

De volta às origens
O futuro chefe do Executivo anunciou a criação da Secretaria de Proteção e Defesa do Consumidor, que será comandada pelo analista de sistema e tecnólogo em Gestão Pública Wiverton Tomiyama. Ele já foi estagiário do Procon municipal, em 2012. Bernardo também confirmou a permanência do fotógrafo e servidor público Edilson Almeida à frente do Turismo da Cidade. 

Violência policial
A Associação Beneficente e Cultural dos Petroleiros (ABCP) do Litoral Paulista denunciou ontem à Corregedoria e à Ouvidoria da Polícia Militar mais um caso de violência praticado por agentes da segurança pública na Baixada Santista. Desta vez, a vítima foi um funcionário da Petrobras. O caso ocorreu no bairro do Gonzaga, em Santos, na noite da última segunda-feira, quando o trabalhador estava ensinando os seus dois gatos a passear sem coleira.

Agressão gratuita
Segundo informações da instituição, o homem foi jogado na parede por um dos policiais e recebeu um soco na cara. Posteriormente, ele acabou sendo arrastado, algemado e jogado dentro do porta-malas da viatura. A PM o levou até uma unidade de pronto atendimento (UPA), onde sofreu nova agressão. "Ao solicitar ajuda dos agentes para sair do veículo, fui puxado pelo braço e jogado novamente no chão onde ralei a perna e depois levei outro soco no rosto”, afirmou o petroleiro à ABCP. Após a passagem pela UPA, o trabalhador foi levado ao 7º Distrito Policial, onde disse ter sido agredido verbalmente pelos agentes.

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