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A cirurgiã bariátrica Mônica Mazzurana foi exonerada do cargo de diretora técnica do complexo estadual de saúde e substituída pela pediatra e acupunturista Ana Beatriz Soares
Sandro Thadeu
12/03/2025 - quarta às 02h35
Mudança
A cirurgiã bariátrica Mônica Mazzurana não ocupa mais a função de diretora técnica do Hospital Guilherme Álvaro (HGA), em Santos. Ontem, ela foi exonerada do cargo, após comandar esse complexo de saúde estadual desde outubro de 2019, quando assumiu o posto no lugar do médico infectologista Ricardo Hayden. Agora, o comando da unidade está sob a responsabilidade da pediatra e acupunturista Ana Beatriz Soares.
Reconhecimento
Ex-presidente da Associação Paulista de Medicina (APM) - Santos, Ana Beatriz foi homenageada pela Prefeitura de Santos, em 2021, em reconhecimento à atuação de destaque durante a pandemia de covid-19. Em 2020, ela integrou o comitê de enfrentamento à doença criado pela Administração Municipal.
Alívio
Na noite da última segunda-feira, o vereador de Santos Marcos Caseiro (PT), que é infectologista no HGA, realizou uma audiência pública na Câmara para discutir o futuro do hospital. Quando uma das participantes do evento revelou que a exoneração de Mônica, grande parte do público reagiu com entusiasmo e aplaudiu. A renomada pediatra Keiko Teruya, que trabalhou por muitos anos no HGA, expressou alívio e felicidade com a mudança: "Deus existe!", celebrou.
Desgaste
A gestão de Mônica vinha sendo alvo de muitas críticas por parte dos servidores e até mesmo de profissionais que atuaram por anos no HGA. Um dos principais e recentes motivos de desgaste foi a intenção de fechar, até o final de junho ou julho, os serviços de assistência materno-infantil do complexo de saúde, como os leitos de maternidade e de UTI Neonatal, o Centro de Parto Natural e o Banco de Leite.
Saindo na frente
O portal BS9, por meio desta coluna, foi o primeiro veículo de imprensa a revelar os planos da ex-diretora técnica de encerrar esses serviços essenciais no HGA, que mantém uma maternidade há mais de 40 anos e é referência regional para casos de alta complexidade. A proposta gerou uma grande mobilização de trabalhadores e secretários municipais de Saúde, que enviaram um documento conjunto ao secretário estadual Eleuses Paiva, alertando sobre os impactos negativos dessa decisão na saúde de gestantes e bebês da Baixada Santista.
Alvo de impeachment
O ex-vereador e advogado Alexkessander Veiga Mingroni, o Kiko, protocolou ontem um pedido na Câmara de Peruíbe para que seja instaurada uma Comissão Processante para analisar o impeachment do prefeito Felipe Bernardo (PSD) e do secretário municipal de Meio Ambiente, Eduardo Monteiro Ribas. A solicitação tem como base a suposta omissão do Executivo na fiscalização da obra de desassoreamento do Rio Preto.
Falta de fiscalização
Segundo Kiko, os trabalhos estão sendo executados sem o devido licenciamento ambiental e controle técnico adequado, o que compromete a garantia da proteção ambiental e sanitária da população. "Peruíbe não pode aceitar que o meio ambiente seja tratado com descaso. A lei é clara: toda obra deve ser feita dentro das normas ambientais. A omissão do prefeito é inadmissível e deve ser apurada com rigor. O futuro da cidade está em jogo", ressaltou.
Sem resposta
A coluna pediu um posicionamento da Prefeitura a respeito da solicitação protocolada no Legislativo pelo advogado. No entanto, não obteve resposta até o fechamento da coluna. O espaço segue aberto para manifestação do Executivo.
Passando a limpo
A Câmara de Praia Grande aprovou ontem a criação de uma Comissão Especial de Vereadores (CEV) para apurar possíveis fraudes em licitações na Prefeitura e o suposto envolvimento de servidores e agentes públicos no direcionamento dos resultados de concorrências vencidas por um grupo de empresas que estariam formando um monopólio no Município.
Apoiadores declarados
A proposta de fazer essa investigação partiu do parlamentar Marcinho MJ (União). Ao menos dois colegas já manifestaram interesse em participar dessa CEV: Anderson Martins (Pode) e Eduarda Campopiano (PL). A comissão terá o prazo de 180 dias para apresentar um relatório final e poderá ser formada por três integrantes da Casa de Leis.
Novo round
Durante a sessão de ontem da Câmara de Santos, os vereadores Rui De Rosis Júnior e Allison Sales (ambos do PL) repercutiram a resposta da secretária municipal de Segurança, Raquel Gallinati, concedida à coluna sobre as críticas feitas por ambos sobre a frequente ausência dela do Município para participar de programas da TV e rádio Jovem Pan, na Capital.
Cardápio variado
De Rosis Júnior afirmou que a titular da pasta pode conceder entrevistas, mas deveria priorizar temas relacionados à Cidade e aos santistas. O parlamentar fez um levantamento sobre alguns dos temas que foram comentados por Raquel na Jovem Pan: pata de um cachorro que ficou presa na fiação elétrica; mulher que se passou por um homem e roubou a amiga; troca de farpas entre a apresentadora de TV Ana Hickmann e o ex-marido Alexandre Correa; retorno de Neymar ao Santos Futebol Clube; e fechamento de um aquário no Japão onde falsos visitantes passam pelo local para animar um peixe-lua que ficou doente.
Nada pessoal
Em dois momentos diferentes da sessão, Sales reiterou que não tem nada pessoal contra a secretária de Segurança e reiterou que os parlamentares estão sendo muito questionados sobre a ausência dela na Cidade. "Estou nesse papel de fiscalizador e espero que receba essa cobrança, já que ela que não chega até a senhora. Sei que isso pode ser chato e incômodo, mas admiro o seu trabalho. A senhora é uma baita profissional. Houve melhorias, mas ainda é possível avançar mais", justificou.
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