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Celeste Mendes está entre as maiores doadoras do País nas eleições de 2024

No total, a viúva do empresário Armênio Mendes já repassou R$ 420 mil para três candidatos

Sandro Thadeu

25/08/2024 - domingo às 03h30

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Viúva do empresário e ex-cônsul honorário de Portugal em Santos, Celeste Mendes é oitava maior doadora de recursos para campanhas políticas nas eleições deste ano. Até o momento, ela repassou R$ 420 mil para três candidatos da Baixada Santista. As informações foram verificadas ontem pela coluna e estão disponibilizadas no site DivulgaCandContas.

Os beneficiários
Até o momento, Celeste destinou R$ 250 mil para a campanha do deputado federal Alberto Mourão (MDB), que concorre à Prefeitura de Praia Grande. Ela também contribuiu com R$ 160 mil para o vereador santista Adilson Junior (PP) e com R$ 10 mil para a empresária Fabiana Pimentel Rios (PSB), que tenta uma vaga no Legislativo pela primeira vez.

Nomes conhecidos
No ranking de doadores, Celeste está à frente de figuras renomadas da política e do País, com: o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga (9º lugar - R$ 380 mil), o diretor de cinema e fundador do Itaú Unibanco, João Moreira Salles (11º - R$ 260 mil), e o ex-senador e ex-presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade (12º - R$ 259 mil).

Oportunidade
A Frente Parlamentar sobre Cannabis Medicinal e Cânhamo Industrial da Assembleia Legislativa realizou audiência pública, na última quinta-feira, e lançou um edital para selecionar projetos relacionados à pesquisa, desenvolvimento de produtos e capacitação de profissionais relacionados à temática. Foram reservados R$ 1 milhão para essa finalidade. Os recursos são oriundos de emendas parlamentares dos deputados estaduais Caio França (PSB) e Eduardo Suplicy (PT). Entidades e prefeituras interessadas em acessar esses recursos devem se inscrever no site www.fpcannabis.com.br até o dia 25 de outubro.

Tirando o chapéu
Durante o evento, o farmacêutico, professor de Toxicologia e coordenador do Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), José Luiz da Costa, elogiou a iniciativa dos parlamentares, porque há muitas dificuldades para realizar pesquisas com cannabis medicinal no Brasil. França é autor do Projeto de Lei 563/2023, que prevê o cultivo dessa planta para fins exclusivamente medicinais e para pesquisas, por meio das universidades públicas paulistas e institutos vinculados. 

Obstáculos
A Secretaria de Estado de da Saúde criou um grupo de trabalho (GT) para tratar da regulamentação da Legislação 17.618/2023, elaborada pelo socialista, que incluiu a cannabis medicinal no Sistema Único de Saúde (SUS) de São Paulo. O coordenador do GT, José Luiz Gomes do Amaral, informou que foram comprados 26 mil frascos de 100 mg/ml de canabidiol, distribuídos, em junho, para as 40 farmácias de medicamentos especializados do Estado. Porém, somente foram dispensados 315 frascos para 53 pacientes com as síndromes de Dravet, de Lennox Gastaut e Complexo de Esclerose Tuberosa, doenças que apresentam tipos de epilepsia de difícil controle.

Revisão de processos
Devido às dificuldades relatadas na prescrição de medicamentos, como a exigência de validade de exames não contemplada nos protocolos, França solicitou melhorias no sistema. Ele também pediu um reforço no treinamento dos profissionais responsáveis pela dispensação de medicamentos, assim como uma revisão dos procedimentos para ampliar e agilizar o acesso dos pacientes aos produtos. A sugestão foi aceita pela pasta da Saúde. 

Nova liderança
O ex-deputado federal e o gerente de Relações Institucionais da Embratur, Júnior Bozzella (União), usou as redes sociais para afirmar que o coach Pablo Marçal (PRTB) é o novo ícone da direita brasileira e tem independência para enfrentar o "sistema". "Nós, que valorizamos a família, democracia e os bons princípios da direita, sempre pregamos que a direita brasileira não deveria ter um 'dono', pois os valores e crenças não pertencem a um único partido ou indivíduo", justificou. 

Alerta para o futuro
Bozzella entende que foi um equívoco da Justiça Eleitoral ter concedido liminar para suspender, temporariamente, os perfis em redes sociais de Marçal usados para monetização. "A liberdade de expressão é premissa da democracia. A suspensão das redes do Pablo Marçal é um ato antidemocrático, que tira o direito constitucional de igualdade entre candidatos na disputa eleitoral. Compactuar com esse tipo de censura abre um precedente perigoso", afirmou. 

Se a moda pega...
Após a sessão da Câmara de São Bernardo do Campo da última quarta-feira, o jornalista Artur Rodrigues, do jornal Diário do Grande ABC, foi intimidado e ameaçado pelos vereadores Paulo Chuchu, que portava uma arma na cintura, e Lucas Ferreira (ambos do PL). A dupla indagou o repórter em que candidato ele votaria nas eleições deste ano e ele respondeu que o voto é secreto.  Na sequência, o profissional foi questionado se era petista. Ex-segurança do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e candidato a vice-prefeito na chapa liderada por Alex Manente (Cidadania), Chuchu teria batido em uma arma que portava na cintura e dito para o Rodrigues "tomar cuidado com a resposta".

Ataque à democracia
A Federação Nacional dos Jornalistas e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo condenaram a ameaça ao colega e exigiram providências urgentes da Câmara, Polícia Civil e Ministério Público para apurar o caso e punir os parlamentares envolvidos. "As atitudes dos dois vereadores do PL são ataques à democracia, ainda mais inadmissíveis por partirem de agentes públicos", destacou a nota conjunta das entidades.

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