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Em entrevista à TV TH+ Band Litoral, o ex-prefeito criticou os deputados eleitos com votos dos moradores da Cidade que, posteriormente, viram as costas para o Município
Sandro Thadeu
14/02/2025 - sexta às 03h00
Plano definido
Depois de oito anos à frente da Prefeitura de Cubatão e de ter conseguido eleger seu sucessor, Ademário Oliveira (PSDB) surge como um nome natural para disputar uma vaga na Assembleia Legislativa ou na Câmara dos Deputados nas eleições do próximo ano. Ao ser questionado sobre o assunto, o tucano desconversa, mas garante que participará efetivamente do processo eleitoral e reforça a importância de a população escolher candidatos realmente comprometidos com o Município.
Dedo na ferida
"Nós, cubatenses, precisamos estar unidos para fazer uma boa escolha. Cubatão não pode virar celeiro de oportunistas que pegam o voto dos munícipes e depois somem, atendendo às suas cidades como prioridade e deixando Cubatão sempre em segundo plano. Isso é um processo de conscientização de curto a médio prazo", ressaltou o ex-chefe do Executivo em entrevista concedida na última segunda-feira ao telejornal Litoral Urgente, da TV TH+ Band Litoral.
Recursos abundantes
Oliveira destacou que as emendas impositivas reservadas aos deputados estaduais e federais representam um grande volume de recursos, mas que esse dinheiro não chega ao Município. Sem citar nomes, o ex-prefeito exemplificou situações em que parlamentares mandam emendas de R$ 100 mil para entidades locais, enquanto enviam milhões para obras "nas cidades deles". "Não podemos aceitar migalhas. Se a população não se conscientizar, eles (políticos) continuarão utilizando essas ferramentas para enganar a população, levar os votos e depois abandonar a Cidade. Não podemos mais permitir isso", afirmou.
Uvebs no Hospital Guilherme Álvaro
A direção do Hospital Estadual Guilherme Álvaro (HGA), em Santos, convidou a União dos Vereadores da Baixada Santista (Uvebs) para fazer uma visita hoje, às 9 horas, às instalações da unidade de saúde. A expectativa é que 60 parlamentares das nove cidades da região participem dessa atividade.
Diálogo franco
“O HGA tem um papel essencial na assistência hospitalar de média e alta complexidade. Precisamos conhecer de perto a realidade do hospital para buscar melhorias e reforçar o compromisso com a saúde da população”, disse o presidente da entidade e legislador de Praia Grande, Cadu Barbosa (PRD).
Dúvida cruel
Um dos principais questionamentos do grupo ao comando do complexo de saúde é sobre o possível fechamento de serviços de assistência materno-infantil do hospital até julho. Essa intenção foi anunciada a funcionários e secretários municipais de Saúde, tendo sido revelada em primeira mão pela coluna no dia 4 de dezembro do ano passado. Diante da repercussão negativa, a Secretaria de Estado da Saúde garantiu que não haveria mudanças.
Reajuste definido
A Câmara de Santos aprovou ontem o projeto de lei complementar (PLC) que trata do reajuste salarial e dos benefícios dos servidores municipais. O texto, que segue agora para a sanção do Executivo, estabelece um aumento de 7% nos vencimentos, sendo 4,6% referentes à reposição da inflação acumulada ao longo dos últimos 12 meses, mais 2,4% de aumento real. Os valores da cesta básica e do auxílio-alimentação terão um reajuste de 10%. Essas mudanças provocarão um impacto de R$ 170,457 milhões aos cofres públicos.
De costas para a categoria
O Sindicato dos Servidores Estatutários Municipais (Sindest), que normalmente aceita a proposta do Executivo feita durante a campanha salarial, entende que seria possível avançar mais nas negociações. Por esse motivo, os trabalhadores rejeitaram os termos apresentados pela Prefeitura em assembleia realizada ontem à noite. Já o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserv) criticou a falta de diálogo do prefeito Rogério Santos (Republicanos) e a postura dos vereadores, que aprovaram o PLC rapidamente.
Direto de Brasília
O vereador santista Chico Nogueira (PT) não participou da votação de ontem na Câmara, pois está em Brasília. Presidente da Comissão de Assuntos Portuários, Marítimos, Indústria e Comércio do Legislativo, o petista e representantes dos trabalhadores do Porto de Santos foram recebidos pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT).
Alerta
Durante a audiência, Nogueira manifestou preocupação com o leilão da área do STS10, que prevê a instalação de um grande terminal de contêineres na região do Saboó, e com o fim do cais público, o que prejudicaria os trabalhadores portuários avulsos. O parlamentar também defendeu mais investimentos na qualificação da mão de obra do setor. Marinho assumiu o compromisso de analisar as demandas e de tentar agendar uma reunião com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), e, possivelmente, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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