Crueldade
Luiz Augusto Pinheiro de Souza era considerado foragido da Justiça
Redação BS9
27/01/2022 - quinta às 18h18
Segundo os autos do processo, Luiz Augusto teria perdido o interesse pela produção de leite de búfalas e passou a negligenciar o cuidado com os animais - Montagem: PM Ambiental e Band
O fazendeiro Luiz Augusto Pinheiro de Souza, acusado de maus-tratos a um rebanho de cerca de mil búfalos na cidade de Brotas, foi preso na tarde de quinta-feira, dia 27, em São Vicente. Ele foi levado para o Palácio da Polícia, na Capital.
A prisão preventiva de Luiz Augusto já havia sido expedida no início de dezembro, mas por coação a testemunhas do caso e ameaças a representantes de uma ONG que passou a prestar socorro aos animais. O policial da reserva Rinaldo Ferrarezi, apontado como segurança da fazenda Água Sumida, foi preso pouco antes do Natal.
Segundo a delegada Ivalda Aleixo, que comandou a ação de quinta-feira, a Polícia Civil já estava atrás do fazendeiro desde quando saiu o mandado. "Ele deixou a cidade de São Paulo e a informação era de que ele estaria no Litoral. Nós não sabíamos onde, mas fomos filtrando as informações e apuramos que ele estaria próximo à Ilha Porchat. E aí, foi um trabalho de estar lá. Nós andamos andamos e o localizamos logo depois que ele saiu de um mercado", disse ela em entrevista ao programa Brasil Urgente, da TV Band.
O caso ganhou repercussão nacional em novembro do ano passado. Na ocasião, Luiz Augusto Pinheiro de Souza foi multado em R$ 2,1 milhões pela Polícia Militar Ambiental. Foi preso, mas libertado após pagar fiança. Nos autos do processo consta o fazendeiro deixava os búfalos para morrer enterrados vivos. Sem água e alimento e expostos ao calor, centenas desses animais acabaram mortos.
De acordo com a denúncia apresentada, Luiz Augusto teria perdido o interesse na produção de leite de búfalas. Assim, passou a negligenciar o cuidado com os animais, liberando espaço para o plantio de soja.
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