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SOCESP promove campanha para principais fatores de risco do coração

Pesquisa da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo traz dados s sobre os impactos do estresse excessivo, sedentarismo, tabagismo, obesidade, colesterol elevado, diabetes, hipertensão e sono no desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Em setem

Robson de Castro

26/09/2024 - quinta às 21h00

Cerca de 30% das mortes no país são causadas por doenças cardiovasculares (DCVs). Boa parte dessas patologias, uma vez instaladas, não têm chance de cura, apenas é possível mantê-las sob controle com tratamentos, que incluem medicamentos e mudança no estilo de vida. Por isso, especialistas focam no estágio anterior: fatores de risco que desencadeiam as DCVs. Os principais são: estresse excessivo, sedentarismo, tabagismo, obesidade, colesterol elevado, diabetes, hipertensão e sono. Ao contrário das doenças cardíacas, algumas destas condições são reversíveis para a maioria das pessoas. 

“É tendência a medicina investir em prevenção e com a cardiologia não é diferente”, diz Maria Cristina Izar, presidente da SOCESP - Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. “O caminho para reverter fatalidades de origem cardiovascular é justamente eliminando ou controlando os fatores de risco, que, por si só, já comprometem a qualidade de vida.” 

O grande desafio, porém, é a conscientização. Pesquisa da SOCESP com 2.764 entrevistados na capital paulista e em cidades do interior de São Paulo revelou o desconhecimento a respeito dos antecedentes que levam a problemas do coração. Somente 8% mencionaram diabetes; 11% o colesterol elevado; 11% a obesidade; 11% a hipertensão; 12% apontaram a falta de atividade física e 13% a alimentação não saudável. “É o retrato da desinformação e a prova de que este deve ser o primeiro passo: esclarecer o público sobre essas condições que são um atalho para as DCVs se instalarem”, diz o diretor científico da SOCESP, Miguel Antonio Moretti. “Porque a prevenção está ao alcance de todos.” 

 

Hipertensão, tabagismo e sono: perigo real  

Como visto, 89% dos consultados na pesquisa SOCESP não cogitaram a hipertensão como fator de risco cardiovascular. Porém, 45% das mortes cardíacas e 51% dos óbitos por outras causas, como o acidente vascular cerebral (AVC), têm por algoz a hipertensão. Estudos publicados nas Diretrizes Brasileiras de Hipertensão apontam que 32,3% dos brasileiros convivem com pressão arterial alta em todas as faixas etárias e, após os 60 anos, esse percentual sobe para 65%.  

Sobre tabagismo, apesar de 90% dos entrevistados não fazerem essa relação, fatalidades por razões cardiovasculares derivadas do tabaco respondem por 33 mil óbitos por ano no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Quem fuma tem probabilidade de morte súbita até quatro vezes maior do que não fumantes.  

Já o sono foi lembrado por apenas 0,6% dos participantes quando, na verdade, o dormir bem está intimamente ligado à saúde do coração. De acordo com especialistas, uma noite bem dormida promove um sono que cumpre diversas funções, como limpeza das toxinas do cérebro formadas durante o dia, consolidação da memória e redução da pressão arterial e da frequência cardíaca. Ao passo que dormir mal libera mais adrenalina, aumenta a pressão arterial e inflama os vasos sanguíneos, entre outros eventos que desencadeiam DCVs, como infarto e AVC, além de alteração nos níveis de açúcar e colesterol, corpo mais propenso a infecções e obesidade e declínio cognitivo e demência (incluindo Alzheimer e depressão).  

Em 29 de setembro é celebrado o Dia Mundial do Coração, e ao longo de todo o mês, a Sociedade está programando postagens em suas mídias sociais com informações e orientações, exibição de entrevistas em formatos de podcasts e vídeos, além de ações presenciais em cidades do Estado.

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