Litoral

Baixada Santista liga alerta após registrar mais de 500 casos de Covid-19 pelo segundo dia

Outros 3.224 seguem sendo investigados pelos municípios

12/01/2022 - quarta às 11h45
Em Santos, foram registradas duas mortes nas últimas 24 horas - (foto: divulgação/PMS)

Pelo segundo dia consecutivo a Baixada Santista registrou mais de 500 casos de Covid-19 em apenas um dia. Nesta terça-feira, dia 11, foram contabilizados 587 novos munícipes com a doença e outros 3.224 são investigados.
 
Nas últimas 24 horas foram contalizadas também quatro mortes, sendo duas em Santos, uma em Praia Grande e outra em São Vicente. Assim, desde o começo da pandemia em março de 2020, a região soma 7.346 mortes e 123 seguem sendo investigados.
 
Preocupação
Com o aumento no número de casos de Covid-19, as cidades de Santos e Peruíbe cancelaram o Carnaval.
 
"As pessoas estão testando positivo para o vírus da Covid e da gripe, mas não estão ficando internadas. Dos casos que hoje temos em Santos, 47% das pessoas internadas mais graves são pessoas que não estão com a vacina em dia. Ou não tomaram, ou estão com doses defasadas", disse o prefeito santista Rogério Santos ao anunciar o cancelamento do evento.
 
Outros eventos que também devem voltar a ter restrições nesta quarta-feira, dia 12, são shows, festas e jogos de futebol.
 
"Vamos ter evidentemente restrições que já foram apresentadas para eventos de aglomerações", disse  governador de São Paulo, João Doria (PSDB). "Grandes aglomerações não são recomendáveis, e o comitê científico do estado de São Paulo já expressou essa deliberação."
 
Em entrevista ao Portal BS9, o médico infectologista Ricardo Hayden, do Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, diz que momentos de festa são sempre bons, mas em um momento como esse passam a ser totalmente descabidos em função da velocidade de transmissão do vírus.
 
"Por isso não há como sustentar essas festas, em especial o que vem pela frente com o Carnaval, como blocos de rua, ensaios de escola de samba e o próprio desfile. A gente sente, porque é uma festa popular, traz recursos para quem produz, aumenta a ocupação dos hotéis, mas do ponto de vista médico, em especial da infectologia, não há como a gente concordar com essa possibilidade. Assim como o futebol, que é o ópio do povo, também podemos concordar com a presença de torcida na situação atual. Com a velocidade de difusão dessa cepa de Covid-19 acho pouco provável que qualquer coisa nesse sentido vingue", explica.

O médico afirma que este é o momento de dar o máximo de atenção para as medidas preventivas contra a Covid-19. É fundamental usar máscaras de boa qualidade, lavar sempre as mãos com água e sabão, higienizá-las com álcool em gel e evitar aglomerações. Isso, somado a vacina, é o caminho para evitar que os números subam ainda mais com a variante ômicron, que mesmo se mostrando um pouco menos agressiva na média, é mais explosiva e atinge um número maior de pessoas.