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Dirigente partidário da Baixada Santista e do Vale do Ribeira é afastado do cargo

Fábio Moura deixa a presidência do Republicanos em São Vicente, a coordenação regional da sigla e é exonerado do gabinete do deputado federal Marcos Pereira para tratar de "assuntos familiares"

10/03/2025 - segunda às 02h00

Caso grave
O vereador de São Vicente Benevan Souza (Republicanos) confirmou, na noite de ontem, que a assessora dele, Mildred Gonçalves, teria sido agredida pelo marido Fábio Moura, o presidente do diretório municipal da sigla e coordenador regional da agremiação na Baixada Santista e no Vale do Ribeira. "Estamos tomando todas as medidas cabíveis", afirmou o parlamentar.

Silêncio
Na noite do último sábado, a coluna recebeu informações sobre esse suposto ato de violência do dirigente partidário contra a mulher e tentou contato com os envolvidos ao longo do dia de ontem, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para a manifestação de ambos, que mantêm um relacionamento há 26 anos.

Consequências imediatas
Moura é um dos 17 assessores do deputado federal e presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira. Em nota enviada à coluna, o parlamentar confirmou que decidiu exonerá-lo do cargo para que ele "possa tratar de assuntos familiares, que são estritamente particulares". Também foi anunciado que o dirigente será afastado da coordenação regional e da presidência da sigla em São Vicente. O legislador reiterou que "repudia qualquer forma de agressão". 

Recado dado
Curiosamente, na tarde de ontem, o bispo da Igreja Universal do Reino de Deus Alessandro Paschoall, que coordena o braço político desta instituição religiosa, publicou um vídeo nas redes sociais com um pedido para que casos de violência contra pessoas do sexo feminino sejam denunciados no Disque 180 - Central de Atendimento à Mulher. "Todo tipo de violência é absurdo e nada o justifica. No entanto, quando o assunto é mulher, esse tipo de crime é ainda mais revoltante", ressaltou.

Vale a pena ver de novo?
A decisão do Governo Federal de zerar o imposto de alimentos, com o objetivo de baixar os preços, não foi bem recebida pelo presidente do Sindicato dos Químicos da Baixada Santista e coordenador regional da Força Sindical, Herbert Passos Filho. "Em 2008, zeraram os impostos de importação de fertilizantes e destruíram a indústria de fertilizantes brasileira. O mesmo ocorrerá com as indústrias alimentícias", alertou.

Fica a dica
O sindicalista entende que o Governo Lula deveria tomar uma medida mais eficaz e inteligente para reduzir os preços dos alimentos, como aumentar os impostos de exportação. Ele acredita que a adoção dessa ideia traria alguns benefícios à economia nacional, pois manteria mais produtos no mercado interno, reduzindo a inflação, aumentando a receita tributária e gerando mais empregos formais. 

Problemas de sobra
No mês passado, o vereador de Santos Fábio Duarte (PL) protocolou uma representação no Ministério Público de São Paulo para denunciar uma série de problemas estruturais do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) da Zona Noroeste. O parlamentar apontou que esse equipamento municipal não possui auto de vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), nem alvará da Vigilância Sanitária. 

Correções em andamento
A Prefeitura informou à coluna que o CAPS da Zona Noroeste recebe manutenção da Seção de Zeladoria da Secretaria de Saúde e reformas contratadas por meio da ata de registro de preço (ARP) vigente. A manutenção do teto e a troca de vidros foram algumas das melhorias realizadas recentemente. A pasta admitiu que está providenciando as adequações para obter o alvará da Vigilância Sanitária e o AVCB. 

Perseguição a servidores
O parlamentar do PL também mencionou que servidores dessa unidade estão sofrendo perseguição e assédio moral. A Administração Municipal explicou que não há registros de relatos desse gênero. Em 2023, o Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu um inquérito civil para investigar tal situação, mas o caso foi arquivado pelo procurador do Trabalho Diego Catelan Sanches.

Combate à violência obstétrica
A Promotoria de Justiça Regional de Direitos Sociais do Vale do Ribeira pretende aprimorar os protocolos de atendimento às gestantes, assim como identificar e combater a violência obstétrica. Por esse motivo, o Ministério Público de São Paulo quer saber a opinião das mulheres que fizeram pré-natal e deram à luz nas cidades da região. O material coletado também poderá ser utilizado em eventuais demandas contra hospitais locais. O formulário deverá ser preenchido até o dia 30 de junho.