Deputado defende consulta pública para implantação de escolas cívico-militares em São Paulo
Idealizado pelo Tenente Coimbra (PL-SP) e aprovado pela Alesp em maio de 2024, projeto prevê atividades como Civismo e Exercício da Cidadania na grade escolar
26/02/2025 - quarta às 09h43O deputado Tenente Coimbra (PL-SP), idealizador da lei complementar 1.398/2024, que institui o Programa das Escolas CiÌvico-Militares no estado, defende que a Secretaria da EducaçaÌo bandeirante retome a consulta puÌblica para a implantaçaÌo do projeto jaÌ no segundo semestre deste ano. Nessa quarta-feira (19/2), a gestaÌo do governador TarciÌsio Gomes de Freitas (Republicanos) anunciou a antecipaçaÌo da iniciativa, que preveÌ atividades como Civismo e ExerciÌcio da Cidadania na grade escolar em, pelo menos, 100 unidades estaduais de ensino.
De 24/2 a 7/3, o programa seraÌ apresentado aÌ comunidade escolar (pais, alunos, professores) das 300 unidades do estado que manifestaram interesse em aderir ao modelo de ensino CiÌvico-Militar.
A primeira etapa da consulta puÌblica estaÌ prevista para acontecer de 10/3 a 24/3. Neste iÌnterim, tambeÌm seraÌ realizada a votaçaÌo pela adesaÌo ou naÌo ao modelo. Na falta de quoÌrum, outras duas rodadas estaÌo marcadas para o periÌodo entre 31/3 e 2/4 e entre 7/4 e 9/4.
Segundo Coimbra, que preside a Frente Parlamentar pela Implantação das Escolas Cívico-Militares no estado, a divulgaçaÌo oficial das unidades contempladas seraÌ feita ateÌ 15 de abril. As aulas começam em 28/7.
No entendimento do parlamentar do PL-SP, a antecipaçaÌo do programa por parte do governo estadual eÌ fundamental para o avanço do sistema de ensino, "propondo uma gestaÌo escolar de exceleÌncia", por meio do modelo CiÌvico-Militar, e que estaÌ sendo, num primeiro momento, direcionado aÌs escolas com baixo IÌndice de Desenvolvimento da EducaçaÌo BaÌsica (Ideb) e que assistem alunos em situaçaÌo de vulnerabilidade social:
"O projeto das escolas ciÌvico-militares foi articulado por nosso mandato haÌ pouco mais de 6 anos, por meio de um trabalho intenso e que ganhou ainda mais força com a adesaÌo do governador TarciÌsio e do secretaÌrio de Segurança (Guilherme) Derrite. Mesmo com tantos movimentos contraÌrios, inclusive da Esquerda e de gente desinformada, o governador acolheu nossa proposta e seguiu com a ideia em SaÌo Paulo, de forma autoÌnoma, sem depender de autorizaçaÌo do governo federal", ressalta o idealizador da proposta.
Como relator da lei e grande entusiasta do modelo CiÌvico-Militar na EducaçaÌo puÌblica, Coimbra estaÌ acompanhando de perto o passo a passo da implantaçaÌo em SaÌo Paulo e planeja estar presente em algumas das audieÌncias puÌblicas que seraÌo realizadas pelo Estado:
"EÌ fundamental dialogar com a comunidade escolar, explicar o projeto. Tenho certeza que, em julho deste ano, jaÌ teremos escolas neste novo modelo de ensino. Espero que possamos dar início ao segundo semestre do ano letivo com 100 novas unidades em atividade", comemora Coimbra, que estaÌ no segundo mandando na Alesp; eÌ 1º tenente do ExeÌrcito brasileiro; graduado em AdministraçaÌo de Empresas; poÌs-graduado em PoliÌtica e EstrateÌgia, pela Escola Superior de Guerra; e mestrando em Cidades Inteligentes e SustentaÌveis.
Desempate
Caso mais de 100 escolas da rede estadual de ensino tiverem votaçaÌo favoraÌvel para a implantaçaÌo do modelo CiÌvico-Militar de ensino, seraÌo adotados criteÌrios de desempate. Entre eles estaÌo a distaÌncia de ateÌ dois quiloÌmetros de outra unidade que naÌo optou pelo programa, nuÌmero de votos vaÌlidos a favor da adoçaÌo do projeto, e escolas com mais niÌveis de ensino, ou seja, que ofertam o ensino fundamental e o meÌdio.