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Presidência estadual do PSB está no horizonte do deputado Caio França

O congresso paulista da legenda para definir a nova Executiva ocorrerá em abril

21/02/2025 - sexta às 02h00

Nova responsabilidade
O deputado estadual Caio França (PSB) está se articulando e conversando com outras lideranças do partido para assumir a presidência da legenda em São Paulo. Ele fez essa afirmação ontem, durante o programa Ponto de Vista, da TV Santa Cecília, apresentado pelo jornalista Edgar Boturão.

Pronto para o desafio
"Estamos trabalhando para chegar a um consenso. Existem outros deputados com história, credibilidade e motivações para assumir essa responsabilidade, mas eu me sinto preparado para encarar esse novo desafio", disse o parlamentar de 36 anos, ao ser questionado pela coluna sobre o assunto. O congresso estadual da sigla ocorrerá em abril. 

Apoios de peso
Filho do ex-governador e atual ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França (PSB), Caio revelou que vários nomes importantes da agremiação o estão incentivando a abraçar essa missão. Entre eles, estão a deputada federal Tabata Amaral, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o prefeito de Recife (PE), João Campos, que assumirá o comando do PSB no País a partir de maio. 

Quadro excepcional
Na semana passada, Caio esteve reunido com o atual presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira. O dirigente destacou nas redes sociais que o parlamentar da Baixada Santista é "um quadro excepcional da política paulista, cuja dedicação e trabalho contribuem significativamente tanto para o fortalecimento do partido no País quanto para o desenvolvimento de São Paulo".

Fim da novela adiado
Não foi desta vez que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) bateu o martelo a respeito do resultado das eleições do ano passado para a Prefeitura de Mongaguá. O recurso especial do empresário Paulinho Wiazowski (PP), que contesta o indeferimento da candidatura dele ao Executivo, estava previsto para ser julgado na sessão virtual da corte iniciada ontem, mas foi retirado da pauta, após o ministro Floriano de Azevedo Marques pedir vistas do processo. 

Fica para março
Wiazowski foi o nome mais votado entre os candidatos que disputaram a Administração Municipal. Durante a campanha, a coligação Mongaguá Sempre em Frente, liderada por Rodrigo Casa Branca (União), ingressou com uma ação na Justiça Eleitoral para tentar barrar a candidatura do integrante do PP, devido à rejeição das contas de 2012, o último ano da gestão dele como prefeito. Agora, o caso será analisado pelo plenário do TSE. Se ele sair vitorioso, assumirá o comando da Cidade. Caso contrário, uma nova eleição será convocada. A expectativa do político é que o julgamento seja retomado até o final de março. Desde janeiro, Mongaguá está sendo governada interinamente pelo presidente da Câmara, Luiz Berbiz de Oliveira, o Tubarão (União).  

Expectativa positiva
O político do PP enxergou de forma positiva essa solicitação de Marques. "Esse pedido não quer dizer que o ministro nos dará um voto favorável, mas, se fosse acolher a tese do relator André Mendonça, ele já teria votado nesta sexta-feira. A discussão presencial dá um outro significado, mais respeito na hora de os magistrados colocarem os seus posicionamentos e divergirem. Estou confiante na nossa vitória", ressaltou. 

Confiança da população
O Instituto Badra divulgou ontem uma pesquisa estimulada para a Prefeitura de Mongaguá, caso um novo pleito seja convocado pela Justiça Eleitoral. A esposa de Paulinho, Cristina Wiazowski, aparece na liderança isolada com 36,8% das intenções de voto. "Fiquei muito feliz com o resultado. Isso apenas reforça a confiança da população no nosso grupo político. O universo está conspirando a nosso favor. Quem trabalha, tem resultado", reiterou. Mais informações sobre esse levantamento estão disponíveis no BS9. 

Novas eleições em Eldorado
Enquanto a situação em Mongaguá ainda não foi resolvida, em Eldorado, no Vale do Ribeira, o cenário é diferente. O TSE manteve a decisão de primeira instância e indeferiu a candidatura de Elói Fouquet (PSDB), o nome mais votado para o Executivo municipal, no ano passado. Uma nova eleição será realizada no dia 6 de abril, das 8 às 17 horas.

Problemas com a Justiça
O tucano foi impedido de assumir o comando da Cidade, pois foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por ato doloso de improbidade administrativa que resultou em lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito. Fouquet autorizou verbalmente que a Terralis Construções Ltda., vencedora da licitação para uma obra no valor de R$ 19.970,00, subcontratasse outra empresa para realizar o serviço por R$ 11.500,00, ficando a primeira com a diferença de R$ 8.470,00. A Terralis foi obrigada a ressarcir os cofres públicos com o valor lucrado. 

Deu a lógica
O empresário e influenciador digital Pablo Marçal, que concorreu no ano passado à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, está inelegível por oito anos. Ele foi condenado ontem por abuso de poder político, poder econômico, uso indevido de meios de comunicação e captação ilícita de votos. A decisão é do juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Antonio Maria Patiño Zorz.

Ataques constantes
As ações de investigação judicial eleitoral (Aijes) foram movidas pelo PSB, pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e pela coligação Amor por São Paulo, liderada pelo parlamentar. O magistrado entendeu que o abuso do poder político de Marçal foi caracterizado pela disseminação de fake news sobre o sistema de arrecadação eleitoral baseado no Fundo Partidário, assim como pela propagação de propagandas negativas contra os adversários. 

Enganando o povo
Zorz mencionou, ainda, que o empresário fez várias publicações nas redes sociais para influenciar e distorcer informações ao se colocar como vítima de um sistema eleitoral desleal que não lhe permitiu usar o financiamento público do Fundo Eleitoral. "Não há dúvidas de sua decisiva atuação em razão do engajamento direto e pessoal por condutas ilícitas praticadas em benefício de sua candidatura", destacou o magistrado na decisão.