CDL Santos Praia busca soluções para problemas com pessoas em situação de rua

Entre as principais reclamações dos comerciantes está a sujeira deixada na porta dos estabelecimentos

Uma cena tem chamado atenção segundo alguns comerciantes de Santos: as pessoas em situação de rua, dormindo na porta dos estabelecimentos e depois deixando muita sujeira pelos locais.

Essas reclamações têm sido feitas à Câmara de Dirigentes Lojistas, a CDL Santos Praia. Outra questão que também incomoda o setor são pessoas pedindo dinheiro e alimentos nas ruas.

No caso da esmola, o mais agravante, muitas vezes é que são adultos acompanhados de crianças. Em muitos casos, pessoas que vem até de outras cidades.

Segundo o Relatório de Observação Nacional dos Direitos Humanos (ObservaHR), do Ministério de Desenvolvimento Humanos e Cidadania, com dados de 2023, Santos tem 1395 pessoas em situação de rua. Por conta dos números, o município ocupa a 13ª posição entre as cidades do Brasil e a terceira do estado, apenas da Capital e de Campinas, com este cenário.

De acordo com o presidente da CDL Santos Praia, Nicolau Miguel Obeidi, a intenção é buscar um diálogo com o poder público para resolver a questão. Um dos passos rumo ao entendimento foi a união entre os setores do comércio, indústria e empresarial para a criação do Comitê Empresarial da Baixada Santista (CEBS). "Estamos buscando uma reunião com o prefeito para poder discutir soluções para o problema que afeta não só os comerciantes, mas os moradores. Recebo muitas reclamações do setor pedindo uma solução", afirma o presidente.

Nicolau Obeidi complementa ainda que a fiscalização e o papel da Guarda Municipal são fundamentais neste combate e que existe um Grupo de Trabalho no WhatsApp que visa sempre alertar estas situações. "Temos um grupo com comerciantes, secretários e funcionários da Prefeitura para avisar quando existe pessoas em situação de rua na porta dos estabelecimentos ou pedindo esmola. Nossa intenção é resolver e encontrar maneiras de não passar por certas situações".