Tubarão sofre 1ª derrota na Câmara de Mongaguá

Em sessão extraordinária realizada ontem, os vereadores rejeitaram o projeto de lei complementar do Executivo que tratava de uma reforma administrativa na Prefeitura

Começo com o pé esquerdo
O prefeito interino de Mongaguá, Luiz Berbiz de Oliveira, o Tubarão (União), sofreu uma derrota na primeira sessão da Câmara, realizada ontem, em caráter extraordinário. Por sete votos a cinco, os vereadores rejeitaram o Projeto de Lei Complementar 1/2025, de autoria do Executivo, que tratava de uma reforma administrativa na Prefeitura.

Confira o placar
Os sete vereadores contrários à propositura foram os seguintes: Du Primos (PP), Dr. Edilson (PP), Dr. Osvaldo (PL), Paula Jacó (Novo), Pelé da Cocheira Morcegão (PSB), Rani (PL) e Tadeu da Educação (MDB). Já os cinco favoráveis ao texto partiram de Baiano do Agenor (Pode), Edinho Felismino (Republicanos), Francisco Fragoso (União), Renatinho da Saúde (Novo) e Zé Pedro (MDB). Badu (Pode) não votou, pois presidia os trabalhos.

Impacto de meio milhão de reais
Dr. Edilson entende que não há sentido desmembrar a Secretaria de Obras, Habitação e Planejamento Urbano e Ambiental em outras duas pastas (Desenvolvimento Urbano e Habitação), o que criaria mais seis cargos e provocaria um impacto anual de R$ 403 mil. Além disso, a proposta incluía a implementação do secretário adjunto de Administração e de Governo, gerando uma despesa anual de R$ 110 mil. "Apesar da grande quantidade de shows, sabemos o estado financeiro em que a Cidade se encontra", afirmou. 

Olhar para o futuro
A tentativa de uma reforma administrativa, sem qualquer estudo ou planejamento prévio, proposta por Tubarão apenas reforçou a preocupação de algumas lideranças políticas na Cidade. Na última terça-feira, o ex-vice-prefeito Rafael Redó (Republicanos), alguns candidatos a vereador da coligação dele e o nome mais votado para o Executivo nas últimas eleições, Paulinho Wiazowski (PP), conversaram sobre os rumos da Cidade durante um almoço no restaurante Recanto Bem Brasil.

Confiança plena
Há quem diga que esse encontro seria um reconhecimento de Paulinho diante de uma possível derrota no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em dezembro, o ministro André Mendonça indeferiu o registro da candidatura dele e o caso ainda não foi julgado em plenário. O integrante do PP negou os rumores que jogou a toalha e ressaltou que está confiante na vitória na Justiça Eleitoral. A expectativa é que o julgamento ocorra até o dia 10 de fevereiro. 

Time cada vez mais forte
Paulinho reiterou que não faz política olhando para o retrovisor. Citou também que conseguiu unir os desiguais em torno de sua candidatura e traçar planos, em conjunto,
para Mongaguá voltar ao caminho da prosperidade. Por esse motivo, o grupo está acompanhando atentamente os atos do prefeito interino e recebendo novas adesões. Uma delas foi a do vereador Pelé da Cocheira Morcegão, que apoiou a candidatura ao Executivo de Rodrigo Casa Branca (União) e esteve presente no almoço. 

Possibilidade
Apesar de diversos embates durante a última campanha eleitoral, Redó reiterou que não é inimigo do político do PP. "Ele me apoiou em 2020 e em 2016. Eu estive com o Paulinho em 2008 e em 2012", disse. O ex-vice-prefeito admitiu que, se houver novas eleições, existe uma possibilidade de diálogo entre as partes. "Mas deixo claro que não há nada acordado sobre quem seria candidato a prefeito ou a vice", frisou. 

Ele fica
Antonio Carlos Silva Gonçalves, o Fifi, foi mantido como diretor-presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego de Santos (CET-Santos). Engenheiro civil, ele está no comando da empresa desde janeiro de 2021 e já havia exercido a mesma função de 2013 a 2016, durante a primeira gestão do então prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).

Novidades
A CET-Santos tem duas novidades: o ex-titular da pasta municipal de Esportes, Gelásio Fernandes, foi nomeado diretor Administrativo-Financeiro, enquanto o ex-comandante da Guarda Municipal e ex-secretário adjunto de Segurança, Flávio de Brito Júnior, assumirá a Diretoria de Operações.

Continuidade
A arquiteta e urbanista Luciane Beck seguirá como diretora de Planejamento e Projetos na empresa municipal. O engenheiro civil e ex-vereador Murilo Barletta retornará ao cargo de diretor de Transportes Urbanos, cargo já exercido por ele em outras gestões.

Agora vai
A Câmara de Santos assinou ontem a ordem de serviço para iniciar as obras de restauração do prédio que abrigava a escola Acácio de Paula Leite Sampaio, no bairro Vila Nova, que estava em estado de abandono há anos. Os serviços serão executados pela TMK Engenharia. O contrato, no valor de R$ 18,772 milhões, tem validade de 12 meses. A construção pertence ao Município e foi transferida à Casa de Leis, em novembro de 2019.

Vocação resgatada
Tombado desde 2016 pela Prefeitura de Santos, após aprovação do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural (Condepasa), o imóvel receberá alguns setores administrativos do Parlamento, além da Escola do Legislativo e da Cidadania. Até 2014, o Acácio abrigou turmas do Ensino Médio e dos cursos técnicos de Magistério e Contabilidade.