Márcio França: "Eu gostaria de ter uma disputa contra o Tarcísio"

Ex-governador se coloca à disposição para disputar o Palácio dos Bandeirantes no próximo ano, mas diz que esse projeto precisa ter o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Nova chance
Em entrevista concedida ontem ao telejornal Litoral Urgente, da TV Thathi Band Litoral, o ex-governador e atual ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França (PSB), afirmou que tem o desejo de concorrer novamente ao Palácio dos Bandeirantes no próximo ano e que gostaria de disputar a eleição contra o atual chefe do Executivo paulista, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos).

Aval de Lula
Em 2018, quando disputou a reeleição, o representante do Governo Federal foi derrotado no segundo turno por João Doria (ex-PSDB), que venceu o pleito com uma diferença de apenas 3,5 pontos percentuais (51,75% x 48,25%). "Fiquei com vontade de disputar (o Governo de São Paulo) de novo em 2022, mas, como eu havia sugerido ao Lula a ida do (Geraldo) Alckmin (PSB) como vice da chapa, ele me pediu para eu não ser candidato. Se dessa vez o Lula topar, eu disputarei a eleição", ressaltou. Em 2022, o PSB apoiou Fernando Haddad (PT) para governador.

Adversário à altura
Durante a entrevista conduzida pelo jornalista Luciano Faccioli, o ministro admitiu que "gostaria de ter uma disputa contra o Tarcísio". Ele fez questão de elogiar o atual governador, mas fez uma brincadeira sobre a falta de familiaridade do governador com São Paulo. "O Tarcísio é uma pessoa diferente, melhor do que a média, mas não é daqui, né? Eu brinco que ele tem dificuldade de saber onde fica Botucatu, onde fica Avaré. (...) A gente tem a nossa cultura paulista e acho que vale a pena apertá-lo para ter um adversário à altura nessa disputa", reiterou França. 

Articulações em andamento?
Ex-deputado federal e prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (MDB) também concedeu entrevista ao mesmo telejornal. Ele e o titular da pasta de Empreendedorismo conversaram rapidamente na emissora de TV. Após o encontro, ambos almoçaram juntos em Praia Grande. Em 2018, Mourão pretendia disputar as prévias do PSDB para concorrer ao Governo de São Paulo, mas abriu mão dessa intenção e decidiu apoiar Doria. 

Expectativa
Conforme apurado pela coluna, há um clima de muita apreensão nos corredores da Prodesan. É muito provável que, até o final da semana, várias pessoas que ocupam cargos de livre provimento nessa empresa de economia mista ligada à Prefeitura de Santos sejam desligadas. A Prodesan fechou o ano passado com 79 assessores, 11 conselheiros e quatro diretores.

Cumpra-se
O secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos de Santos, Fabrício Cardoso (Pode), deu o prazo de 24 horas para que a empresa Jea Construtora e Incorporadora Ltda. retire os contêineres e demais maquinários da Praça José Bonifácio, no Centro. O local está em estado de abandono e tem gerado incômodo dos munícipes e comerciantes do entorno.

Pedido ignorado
Em 2023, essa empresa, que é de Santana do Parnaíba (SP), venceu a licitação para fazer a revitalização da praça pelo valor de R$ 3,883 milhões. Os trabalhos deveriam ser concluídos até o dia 5 de fevereiro deste ano. A contratada desconsiderou as advertências feitas pela pasta para que os serviços fossem retomados e a obra segue parada. Se a determinação de Cardoso não for cumprida, a Administração Municipal tomará as sanções previstas em lei e medidas judiciais aplicáveis, como a expropriação dos bens. 

Contestação
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicações Postais, Telegráficas, Telemáticas, Franqueadas e Similares da Região do Litoral Centro Sul do Estado de São Paulo (SintectSantos), José Antonio da Conceição, encaminhou um ofício à direção dos Correios para solicitar que a empresa reveja a decisão de fechar a unidade dos Correios Empresas (CEM) Tribuna, em Santos, e abra um diálogo com os representantes da categoria para garantir a preservação dos postos de trabalho.

Cenário promissor
No documento obtido pela coluna, a entidade sindical aponta que a CEM instalada no Município está em um imóvel da própria companhia, ou seja, não gera despesas de aluguel, e registrou a melhor relação entre receita e despesa das agências da região. De junho a novembro do ano passado, o faturamento foi de R$ 1,515 milhão, com um gasto de R$ 683,8 mil. Além disso, no segundo semestre de 2024, essa unidade registrou mais de 500 postagens por dia, com projeção de dobrar esse número em 2025. 

Diferencial
De acordo o SintectSantos, essa CEM é a única da Baixada Santista que realiza postagem industrial. "Temos clientes com expansão comunicada, que posta diariamente uma média de 100 objetos e estão trazendo novos parceiros em razão da excelência dos Correios em fazer esse serviço. A atuação na nossa região fortalece a competitividade da empresa e do País no mercado externo, permitindo a captação de carga de postagem dos concorrentes e a ampliação da participação no mercado local", destacou Conceição. 

Luta pela redução da jornada de trabalho
A Frente pela Redução da Jornada de Trabalho e pela Extinção da Escala 6 x 1 da Baixada Santista realizará hoje uma panfletagem para chamar a atenção da população. A concentração será a partir das 18h30, na Praça da Independência, Gonzaga, em Santos. 

Mudança de hábito
Em novembro do ano passado, esse assunto ganhou destaque nacional após a deputada federal Erika Hilton (PSOL) apresentar uma proposta de emenda à Constituição (PEC). O texto busca acabar com a jornada de seis dias de trabalho para um dia de descanso, estabelecendo que a pessoa não pode trabalhar mais de oito horas por dia e 36 horas por semana, distribuídas em até quatro dias por semana e sem gerar perda de remuneração. Na justificativa, a parlamentar citou uma petição pública online criada pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), idealizado pelo vereador do Rio de Janeiro Rick Azevedo (PSOL).