Eleitores de 25 a 49 anos lideram as abstenções no 1º turno em Santos
Das 103.499 pessoas que não votaram no dia 6 de outubro, 43.015 estão nessa faixa etária
22/10/2024 - terça às 02h30Busca por votos
As equipes de campanha dos candidatos à Prefeitura de Santos, Rogério Santos (Republicanos) e Rosana Valle (PL), estão intensificando as agendas de rua. Nesse sentido, um dos focos é tentar conquistar os votos no próximo domingo de parte dos 103.499 eleitores que não compareceram às urnas no primeiro turno. Mas, afinal, quem é esse público? A coluna trará a seguir essa resposta.
Maiores ausências
Segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de cada dez cidadãos que não foram até o local de votação no dia 6 de outubro, quatro têm entre 25 e 49 anos (43.015 pessoas). Em números absolutos, as maiores abstenções estão concentradas nas seguintes faixas etárias: 25-29 (9.460), 35-39 (9.044), 30-34 (8.919), 40-44 (8.707) e 45-49 (6.885). Ao verificar a divisão por gênero desses grupos somados, 48,3% são do sexo feminino (20.771) e 51,7%, do masculino (22.244).
Sem obrigatoriedade
Entre os eleitores com voto facultativo, ou seja, adolescentes de 16 e 17 anos e idosos acima de 70, 33.596 não participaram do pleito. Como já era esperado, em termos proporcionais, quanto mais alta é a faixa etária, maior é o índice de abstenção. Dos 468 eleitores santistas com 100 anos ou mais, cinco compareceram às urnas, o que representa pouco mais de 1% desse grupo específico.
Escolaridade
Os dados do TSE apontam, ainda, que o índice de abstenção tende a diminuir à medida que o nível de escolaridade aumenta. Por exemplo, entre os eleitores de Ensino Fundamental completo, o não comparecimento bateu a marca de 40% neste primeiro turno. Já a ausência daqueles com Ensino Superior completo foi de 21,96%. Dos 353.677 votantes de Santos, 104.942 tem Ensino Médio completo e 79.840, Ensino Superior completo.
Bolsonaro em Santos
A assessoria da candidata à Prefeitura de Santos pelo PL, Rosana Valle, informou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a esposa dele, Michelle, estarão amanhã em Santos. Eles estarão almoçando juntos por volta das 13 horas em um restaurante na Ponta da Praia. Na sequência, a comitiva irá ao Mercado de Peixes e à Zona Noroeste.
Trupe completa
Assim como em outras passagens pelo Município, o ex-chefe do Executivo federal deverá passar pelo Gonzaga. À noite, haverá um ato de campanha em um espaço para eventos do Centro. No início de agosto, esse mesmo local recebeu o 1º Festival de Cultura Canábica do Litoral Paulista. O último compromisso da agenda de Bolsonaro é um jantar no bairro da Aparecida.
Chumbo trocado
O clima esquentou entre os candidatos à Prefeitura de Guarujá que disputam o segundo turno das eleições municipais. Na noite de ontem, o ex-chefe do Executivo Farid Madi (Pode) e o vereador Raphael Vitiello (PP) participaram do debate promovido pela TV Santa Cecília. A temperatura subiu a partir do terceiro bloco, quando eles começaram a fazer perguntas entre si.
Dívidas com a Prefeitura
Vitiello foi o primeiro a partir para o ataque ao dizer que a família do ex-gestor deve mais de R$ 1 milhão de IPTU à Administração Municipal. O político do Podemos ficou bastante incomodado e chamou o adversário de mentiroso. "É um vereador que não teve atuação nenhuma. Os escândalos estão aí pela Cidade e ele acobertou tudo isso", frisou.
Corrupção em foco
Na sequência, Farid disse que o parlamentar do PP é um dos alvos da Operação Hereditas, que investiga indícios de fraudes em licitações da Câmara e da Prefeitura de Guarujá, além de um possível favorecimento de agentes públicos com o recebimento de propinas para viabilizar essas operações. "Eu não estou sendo investigado de nada. Não tive diligência na minha casa, nem no meu gabinete. O candidato (Farid) não consegue colocar no wind banner 'ficha limpa', porque não tem", rebateu Vitiello.
Baixada Santista de fora
Foram definidas ontem as organizações socioambientais da sociedade civil que farão parte do Conselho Estadual de Mudanças Climáticas. A Associação Guarujá Viva (AguaViva) foi a única da Baixada Santista habilitada para participar desse processo, mas acabou ficando de fora. Foram escolhidas duas entidades titulares (Associação dos Engenheiros da Sabesp e Instituto de Conservação Costeira) e mais duas suplentes (Sociedade Rural Brasileira e Instituto Internacional Arayara).
Falta de sensibilidade
"Nós lamentamos que o conjunto de forças que se diz ao lado das entidades supostamente representativas da sociedade civil na área ambiental tenham se curvado a questões menores e deixado de fora uma região tão importante como a Baixada Santista, onde está o Porto de Santos, o maior da América Latina, e todas as consequências principalmente da elevação do nível do mar vão resultar diretamente em cima da população carente", lamentou o presidente da AguaViva, José Manoel Ferreira Gonçalves, que disputou a Prefeitura de Guarujá pelo PSOL nas eleições deste ano.