Republicanos passa a comandar quatro prefeituras da Baixada Santista

Partido possui quatro chefes do Executivo com a filiação de Raquel Chini, de Praia Grande

Liderança regional
Termina hoje o prazo para que os pré-candidatos a prefeito e a vereador estejam filiados a algum partido para participar das eleições deste ano. Nos últimos dias, foram intensas as conversas e as trocas de legenda. Com essas mudanças, o Republicanos ganhou mais dois chefes do Executivo na Baixada Santista: Tiago Cervantes, de Itanhaém, e Raquel Chini, de Praia Grande, que anunciou ontem o ingresso na sigla. A dupla se junta a Márcio Cabeça (Mongaguá) e Rogério Santos (Santos) na agremiação, que passa a comandar quatro das noves cidades da região. 

Mistério no ar
Eleita pelo PSDB em 2020, Raquel deixou o ninho tucano no dia 20 do mês passado. Ao entrar no Republicanos, ela poderá tentar disputar a reeleição, mas essa decisão ainda não foi anunciada oficialmente. A dúvida persiste, pois a gestora municipal tem grande ligação com o deputado federal Alberto Mourão (MDB), que vai concorrer ao Executivo neste ano.

Ninho quase vazio
Dos nove prefeitos eleitos, em 2020, nas cidades da Baixada Santista, sete eram do PSDB. Somente dois ficaram na legenda: Ademário Oliveira, de Cubatão, e Válter Suman, de Guarujá. Caio Matheus, de Bertioga, e Luiz Maurício, de Peruíbe, migraram para o PSD. Raquel, Rogério e Cervantes também faziam parte do ninho tucano. Já Cabeça foi reeleito pelo Republicanos e Kayo Amado, de São Vicente, segue firme e forte no Podemos.

Fim de uma era
Após 40 anos filiado ao MDB, o ex-vereador Antônio Carlos Banha Joaquim anunciou ontem a saída da legenda e o ingresso no Republicanos para tentar voltar ao Legislativo. Porém, ele desistiu da ideia horas depois e embarcou no PSD, após uma “convocação” do empresário Marcelo Teixeira, que é uma das lideranças da agremiação. Lançado na política nos anos 1980 como cabo eleitoral do ex-prefeito e ex-deputado estadual Oswaldo Justo, Banha atuou no Legislativo por seis mandatos consecutivos, presidiu a sigla e concorreu a prefeito em 2020. 

Foco no povo
No dia 26 de março, o ex-parlamentar escreveu um artigo intitulado "Partido deve ter compromisso coletivo" em que dá sinais claros que poderia mudar de legenda. Banha encerrou o texto com as seguintes palavras: "Seguir é a meta, avaliando todo o percurso da caminhada transposta com os olhos atentos para mudanças que porventura se imponham como forma de redefinição de rotas que almejem sempre o coletivo". 

Time reforçado
No mesmo dia em que Banha confirmou a saída do MDB, outros dois ex-vereadores foram confirmados na agremiação. Um deles é Fabiano da Farmácia. O outro é o ex-presidente da Câmara Sadao Nakai, que é um dos coordenadores do plano de governo da pré-candidata à Prefeitura pelo PL, a deputada federal Rosana Valle. 

Fator surpresa
O médico Adriano Catapreta deixou o comando da Secretaria de Saúde de Santos e tinha a filiação ao Novo praticamente certa. No entanto, ele, que estava como primeiro suplente do PP, comunicou à coluna, na noite de ontem, que decidiu ingressar no PSD.

Passagem temporária
Na última quinta-feira, Catapreta assumiu temporariamente a cadeira do Legislativo e apresentou uma moção de apoio para que o Governo do Estado melhore as condições do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) no Município. O médico permanecerá na Câmara até o final da próxima semana, quando Audrey Kleys (Novo) retornará ao Parlamento, após estar dez meses à frente da pasta de Desenvolvimento Social. 

Nova casa
Dois secretários de Itanhaém reforçaram as fileiras do PSD ontem: Márcia Galdino (Educação) e o vereador licenciado Hugo Di Lallo (Administração, que estava no Cidadania). Ex-presidente da Câmara, o parlamentar é um dos nomes cotados para ser o vice de Cervantes nas eleições deste ano. 

Na disputa
Outro nome cogitado para ser o companheiro do chefe do Executivo na chapa majoritária é o ex-vereador e titular da pasta de Planejamento e Meio Ambiente, César Augusto de Souza Ferreira, o Cesinha, que passou a fazer parte do União Brasil.