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Mudanças de sigla agitam os bastidores da política na Baixada Santista

A movimentação seguiu intensa nas últimas horas e reviravoltas devem ser confirmadas hoje

05/04/2024 - sexta às 01h30

Saindo na frente
Nos últimos dias, duas informações divulgadas pela coluna, em primeira mão, foram confirmadas ontem. Uma delas é a filiação do ex-prefeito de São Vicente Pedro Gouvêa ao PT, com a intenção de disputar a Administração Municipal. Em entrevista concedida à rádio CBN Santos, na manhã de ontem, ele explicou que já estava oficialmente na sigla da estrela vermelha. 

Contagem regressiva
No final da noite desta quinta-feira, o coordenador regional do Republicanos, Fábio Moura, afirmou que o chefe do Executivo de Itanhaém, Tiago Cervantes, havia trocado o PSD pela legenda para tentar a reeleição. Essa movimentação foi noticiada pela coluna na quarta-feira. A prefeita de Praia Grande, Raquel Chini (sem partido), também tem conversado com a agremiação e poderá ingressar na sigla hoje. Ainda é incerto se ela buscará um novo mandato. 

Fico
A coluna apurou que o deputado federal Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) recusou o convite do vice-governador Felicio Ramuth (PSD) para ingressar no PSD, com o objetivo de disputar a Prefeitura de Santos, e decidiu permanecer no ninho tucano. Ele é um dos principais nomes do partido, que passa por um dos momentos mais delicados desde a fundação, em 25 de junho de 1988. 

Mudança de 180°
Nas últimas horas, ganhou força a possibilidade de o PSD caminhar nas eleições deste ano ao lado do prefeito santista Rogério Santos (Republicanos), que buscará a reeleição. A sigla estava praticamente fechada com a pré-candidata do PL ao Executivo santista, a parlamentar federal Rosana Valle - que ainda não se apresenta dessa forma publicamente.

Operação abortada
A proposta de Ramuth a Barbosa buscava viabilizar uma manobra para que o segundo suplente de deputado federal da federação PSDB/Cidadania, Eduardo Cury, pudesse assumir uma vaga na Câmara e, assim, tirá-lo da disputa pela Prefeitura de São José dos Campos. A intenção era facilitar uma possível reeleição de Anderson Farias (PSD), que é ligado ao vice-governador. Porém, Cury, que já governou essa cidade do Vale do Paraíba de 2005 a 2012, trocou o PSDB pelo PL ontem e vai concorrer ao Executivo novamente. Essa informação foi publicada na noite de ontem pelo portal O Vale.

Aguarde e confira
Embora ainda não haja um posicionamento oficial da direção nacional, é muito provável que o MDB venha apoiar o nome de Rosana na disputa pela Administração Municipal. 

Aposta
Chefe de gabinete do prefeito de Peruíbe, Luiz Maurício (PSD), o advogado Felipe Bernardo (PSD) pediu exoneração do cargo ontem. Ele é o principal nome cotado para concorrer ao Executivo no pleito deste ano com o apoio do atual gestor municipal. Ao longo desses 7 anos e três meses do atual governo, Bernardo chegou a assumir, de forma interina, o comando de três pastas: Administração, Educação e Saúde.

Saída
Mais cinco nomes do primeiro escalão de Peruíbe também deixaram o comando de secretarias, nesta semana, pois pretendem participar do pleito deste ano: Danielle Lourenço Mamede (PSD - Assistência e Desenvolvimento Social), Gesival Gomes de Souza (PP - Assuntos Jurídicos), José Romeu Dutra (PP - Defesa Social), Kaio Lima (Republicanos - Governo e Relações Institucionais) e Nelson Gonçalves Pinto (PSD - Cidadania e Direitos Humanos. 

Novo desafio
Atento observador da política santista desde 2009, o servidor público federal Leonardo Perez, de 37 anos, decidiu se filiar ao PL para concorrer a vereador. Ele é um dos responsáveis pela página Sobreviver em Santos (atualmente apenas no Instagram) e trabalhou nas eleições de 2018 e 2022 para conquistar votos em Santos e região para a deputada federal Carla Zambelli (PL). 

Cidadania ativa
Ao longo dos últimos anos, Perez apresentou diversas denúncias aos órgãos de fiscalização. Uma delas, de 2017, apontou as más condições de trabalho das funcionárias que ficavam nas estações do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Com base nessa representação, o Ministério Público do Trabalho ingressou com uma ação civil pública contra a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) e o Consórcio BR Mobilidade, que tiveram de tomar providências por determinação de Justiça.