Quem foi Aureliano Coutinho, nome de rua que cruza o Canal 5, em Santos

Nascido em Niterói, no dia 21 de Julho de 1800, Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho, conhecido também como Visconde de Sepetiba, teve destaque no Império na primeira metade do Segundo Reinado, sendo assim considerado uma pessoa de grande valor para Dom Pedro II, devido a sua formação como bacharel em Direito e de suas habilidades como comerciante, jornalista, diplomata e militar.

Filho de coronel, matriculou-se ainda jovem na academia militar, vindo depois, devido uma bolsa dee Dom João VI, ir para Universidade de Coimbra estudar ciências naturais, atitude que viria a mudar no dia 21 de julho de 1820, escolhendo a carreira de Direito no mesmo local. Retornaria ao Brasil cinco anos depois, atuando como juiz de fora e ouvidor em São João del-Rei.

Aureliano viria a ser eleito deputado geral, em Minas Gerais. Anteriormente, foi escolhido presidente das províncias de São Paulo, no ano de 1831, e do Rio de Janeiro nos anos de 1844 até 1848. No Rio, foi responsável pela construção do canal de Magé e por uma nova estrada da Serra da Estrela, onde viriam futuramente 500 famílias de alemães da Europa, e posteriosmente se instalariam em uma colônia chamada Petrópolis.

Além de Ministro da Justiça, também seria de Negócios Estrangeiros e senador do Império do Brasil de 1843 até 1855. Como ministro da Justiça, combateu o Partido Restaurador e a Sociedade Militar, sendo responsável pelo controle dos motins ocorridos no Rio de Janeiro e pela prisão de José Bonifácio de Andrada, suspeito por conspirar pela restauração de Dom Pedro I.

Líder do Clube da Joana, exerceu enorme influência sobre Dom Pedro II, se tornando também membro e vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, sendo também agraciado como cavaleiro da Imperial Ordem de Cristo e Imperial Ordem da Rosa.

Aureliano também teve um jornal chamado "A Verdade", em que se destacavam notícias sobre educação, ilustrações e artigos sobre acontecimentos e instituições do exterior. O jornal foi de extrema importância para a ascensão de Coutinho, devido a destituição de José Bonifácio.

Falecendo em Niterói, aos 55 anos, no dia 25 de setembro de 1855, foi descrito por Joaquim Nabuco como uma pessoa de qualidades raramente encontradas juntas. Outros fazem referência a sua personalidade agradável e insinuante, bem falante e dotado de maneiras mundanas e afáveis, qualidades que facilitaram o exercícios dos cargos que ocupou.

Em bilhete deixado pelo próprio Dom Pedro II, "Dava-me com Aureliano, estimava-o pelas qualidades que possuía".