SAÚDE
Equipe visita as doadoras para recolher líquido para bebês internados no Hospital Irmã Dulce
Robson de Castro
02/01/2025 - quinta às 11h15
Praia Grande possui um serviço de coleta de leite humano que faz a diferença e salva muitas vidas. O Município faz contato com as mamães doadoras e vai até as residências delas para recolher, semanalmente, o líquido que alimenta bebês prematuros ou de baixo peso internados na UTI Neonatal do Hospital Municipal Irmã Dulce (HMID). Esse trabalho ajuda a prevenir doenças e a evitar complicações no desenvolvimento dessas crianças, garantindo no futuro adultos saudáveis.
Esta ação é conduzida por uma equipe técnica da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande, que procura captar doadoras e também recebe contato das interessadas. Após um pré-cadastro e algumas orientações, é agendada uma visita na casa da doadora. A equipe fornece gratuitamente um kit para a coleta do leite, além de prestar todas as orientações para a realização da ordenha. E, semanalmente, as técnicas se dirigem até a casa da mamãe para retirar o leite coletado e entregar um novo kit higienizado.
O leite humano doado é armazenado em caixas térmicas com temperatura adequada e levado para o Banco de Leite Humano de Peruíbe, parceiro neste projeto. No local são feitas análises físico-químicas e microbiológicas e o leite é pasteurizado, processo térmico que garante a qualidade do leite e mata microorganismos que poderiam causar doenças.
Após esta etapa, o material é encaminhado para a Sala de Distribuição de Leite Humano que fica dentro do Hospital Irmã Dulce. No local é realizado o porcionamento e a distribuição do líquido para os bebês internados na UTI Neonatal.
Em novembro, foram coletados 34 litros de leite humano de 32 doadoras que estão ativas no momento dentro do projeto. Foram atendidos ao longo do mês, em média, 12 bebês. Essas doações são essenciais para a saúde dos bebês. “Cada gotinha de leite doado é fundamental porque cada mililitro é um bebê que conseguimos alimentar na UTI Neonatal. As mães não precisam sair de casa para fazer a doação, nossa equipe vai até a residência delas em todos os momentos. É bem prático e salva vidas”, declara a coordenadora do Posto de Coleta de Leite Humano, Nathamy Jannuzzi, que também é especialista em obstetrícia pelo Hospital Albert Einstein.
Como doar – A mamãe interessada deve entrar em contato com o Acolhe PG pelo número 3496-5262, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, por ligação ou mensagem. Outra forma é se dirigir diretamente à sede física do Posto de Coleta de Leite Humano, que fica dentro do Centro Especializado em Reabilitação (CER), na Av. Dr. Roberto de Almeida Vinhas, 8.813, Bairro Mirim. As mamães podem doar o leite no local ou mesmo esclarecer dúvidas presencialmente com a equipe, composta por médico pediatra, enfermeiro e nutricionista. O CER funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 17h.
Incentivo à Amamentação – Outro serviço de destaque realizado pela Sesap é o Disque Amamentação, disponível para as mulheres tirarem dúvidas com profissionais capacitados. O objetivo é incentivar a amamentação. O atendimento ocorre pelo Acolhe PG no telefone 3496-5262, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, por ligação ou mensagem.
O Acolhe PG desenvolve ainda o projeto Abordagem Precoce, em que técnicos contatam as mães logo após a alta hospitalar para esclarecer dúvidas sobre a amamentação. Esse acompanhamento ocorre também em outros períodos até os três meses do parto, visando evitar o desmame precoce.
Outras ações – As Unidades de Saúde da Família (Usafas) também efetuam ações de conscientização sobre o tema junto às gestantes e às novas mamães. Isso ocorre porque nas unidades a mãe e o bebê recebem acompanhamento desde a confirmação da gravidez até o nascimento, no parto, e também nos primeiros anos de vida da criança. Na Maternidade do Hospital Irmã Dulce também é incentivado o aleitamento materno desde os primeiros momentos do bebê, com equipe capacitada para dar as orientações para a novas mães.
Recomendação – A amamentação é recomendada pelo Ministério da Saúde para crianças pelo menos até dois anos ou mais, sendo, de maneira exclusiva, até os seis meses. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), cerca de 6 milhões de vidas são salvas todos os anos devido ao aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade.
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