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Riqueza cultural da Bahia desembarca no palco do Santos Jazz Festival

Troca de experiências e pluralidade estão no DNA defendido pela curadoria

Milena Zimbres

24/07/2024 - quarta às 18h00

Divulgação

Trazer sons e artistas que despontam no novo cenário musical, ao mesmo tempo que abre espaço aos talentos locais e promove a troca de experiências entre os músicos. Esses são alguns dos propósitos firmemente cumpridos pela curadoria do Santos Jazz Festival, que dentro do line-up desta décima segunda edição traz também à Cidade um pouco da diversidade cultural da Bahia. Território sinônimo de musicalidade e sincronismo, onde todas as etnias e crenças convergem em respeito e dão a nota de um swing único, festejado pelos quatro cantos do mundo.

Tiganá Santana, no concerto de abertura no Sesc, e o maestro Ubiratan Marques, no palco do Arcos do Valongo – Centro Histórico, carregam a energia das águas e da terra de Dorival Caymmi até o festival. O baiano, inclusive, que estaria completando 110 anos de nascimento, será celebrado com um tributo especial pelo consagrado bluseiro Adriano Greniberg. Todos os shows são gratuitos.

Tiganá Santana é retrato potente cultural. Compositor, cantor, instrumentista, poeta, produtor musical, diretor artístico, curador, pesquisador, professor e tradutor. Sua carreira artística, por si só, já é bastante diferenciada e de grande relevância para a cultura afrobrasileira. Formado em Filosofia, o artista vem ganhando notoriedade internacional ao fundir a criação instrumental altamente refinada com canções em diversos idiomas. Já desenvolveu trabalhos com Fabianna Cozza, Roberto Mendes, Mariana Aydar e muitos outros.

O talentoso jovem baiano chega a Santos para um encontro de gerações que reunirá no mesmo palco a Orquestra Sinfônica Municipal com Alaíde Costa, 88 anos, a grande dama da bossa nova, e a prata da casa, a cantora Monna, no concerto de abertura do festival em homenagem à genial obra de Milton Nascimento. Pura emoção e troca de saberes! O espetáculo acontece nesta quinta-feira, dia 25, às 19 horas no Teatro do Sesc Santos.

Todos os shows do festival são gratuitos. No entanto, este é o único onde é necessário retirar antecipadamente os ingressos, na própria bilheteria do teatro (Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida), na data do evento, às 10 horas, com limitação de dois ingressos por pessoa. Haverá transmissão ao vivo deste show pela internet tanto no canal do festival no youtube quanto nas redes sociais.

Maestro Ubiratan Marques

O conterrâneo Ubiratan Marques está na programação apresentando seu trabalho autoral Dança do Tempo, no sábado, dia 27,  às 22 horas. O artista tem a amplitude de passear por todas as vertentes: maestro fundador da Orquestra Afrosinfônica, integrante do fenômeno Baianasystem, Ubiratan é maestro, pianista, compositor, arranjador e educador. Com os pés fincados na tradição afro-brasileira e também em sua herança sertaneja, expressa neste trabalho solo essas experiências, transversais à sua ancestralidade.

 "Dança do Tempo vem com muita história para contar. É a minha vida, a minha vivência, já que a música é a vida de cada um. Tudo que vibra é música. Ela é como a chuva, toma forma onde está. No Brasil é guardada e guiada pelos terreiros, já que a música de matriz africana é o tripé da música brasileira, de onde saíram os blocos afros, as escolas de samba, o maracatu, e tantas outras manifestações.  É um trabalho onde carrego a espiritualidade, os povos originários, as vivências gonzaguianas do menino do sertão da Bahia ", conta.

Marques fez arranjos e já trabalhou com Maria Bethânia, Johnny Alf,  Gilberto Gil, Luiz Melodia, Lazzo Matumbi e muitos outros ícones da música brasileira. É absolutamente reverenciado por seu trabalho social e educativo em Salvador, onde dirige a Casa da Ponte, no coração do Pelourinho.

O mar de Caymmi

E quem cantou os encantos do mar como ninguém, não poderia faltar num festival caiçara. O tributo será feito pelo consagrado bluseiro Adriano Greniberg com Uma Ode a Dorival Caymmi, às 17h30 do domingo, dia 28. O espetáculo é um verdadeiro mergulho na obra do artista baiano, que em suas composições traz os hábitos, costumes e tradições de sua gente, com olhar especialmente voltado aos trabalhadores do mar, em canções imortais como Promessa de Pescador, É Doce Morrer no Mar e Canto de Nanã.

Caymmi e Grineberg possuem muitos pontos de contato:  a polirritmia de Caymmi que compreende levadas de muitos outros ritmos e sempre dá a deixa pra algum acorde do Blues, o ritmo pelo qual Adriano se apaixonou aos 12 anos e no qual se consagrou. Dorival e Adriano também: dois descendentes de italianos filhos de Xangô.

Adriano revela que a expectativa é grande para o Santos Jazz Festival. "Será o primeiro show da turnê deste álbum fora de São Paulo e é incrível que seja em Santos por sua conexão com a energia do mar tão presente na obra de Dorival Caymmi e num festival com tanta expressão", conta.

Seu novo trabalho, intitulado Eufótico, traz releituras das canções do mestre baiano. No show em Santos vem com a seguinte formação: Adriano Grineberg (voz, piano, flautas e percussão), Edu Gomes (guitarra), Fabá Jimenez (violão e guitarra), Airton Fernandes (contrabaixo) e Caio Lopes (bateria e voz). Grineberg é um dos maiores nomes do blues do Brasil e tem em seu currículo trabalhos ao lado de grandes artistas – incluindo Andre Christovam, Wanderléa e Gilberto Gil.

Retrospectiva de sucesso

O Santos Jazz terá 15 shows gratuitos no palco do Arcos do Valongo - Centro Histórico, entre sexta e domingo (26 a 28), trazendo grandes nomes do País, como o rapper BNegão e Tássia Reis – além do concerto de abertura dia 25 no Sesc.  Em onze edições o Santos Jazz soma 225 shows, 45 workshops e oficinas, mais de mil músicos envolvidos e público superior a 100 mil pessoas! Entre os artistas que já constelaram na programação estão Hermeto Paschoal, Egberto Gismonti, César Camargo Mariano, Mônica Salmaso, João Donato, João Bosco, Banda Mantiqueira, Rosa Passos, Leny Andrade, Yamandu Costa, Arismar Espírito Santo e dezenas de outros grandes músicos nacionais, internacionais e muitos dos nossos talentos locais. Colocar luz aos novos também sempre foi um propósito. Ayrton Montarroys, Vanessa Moreno, Rael, Liniker, Xênia França e Francisco El Hombre são algumas das estrelas do novo cenário musical que já estiveram por aqui! 

Realização

O 12º Santos Jazz Festival tem patrocínio das empresas Compass e Santos Brasil, por meio de chancela da Lei federal Rouanet do Ministério da Cultura. Correalização: Prefeitura Municipal de Santos. Apoio Institucional: Sesc Santos e Secretaria Municipal de Cultura.

O projeto conta também com emenda parlamentar dos vereadores Benedito Furtado, Bruno Orlandi, Cacá Teixeira, Chico Nogueira e Marcos Libório.

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