Curso de pedreiro em Vila Criativa da Zona Noroeste de Santos inscreve para 30 vagas

Entender o funcionamento de uma obra, do cálculo da área até a construção de uma estrutura e o seu acabamento. Esses e outros detalhes da construção civil são aplicados no curso de pedreiro da Prefeitura de Santos, que está com 30 vagas abertas na Vila Criativa da Zona Noroeste.

As aulas são realizadas às segundas, quartas e sextas-feiras, das 9h às 12h, na Vila Criativa da Zona Noroeste (Av Hugo Maia, 293, Rádio Clube). Para se inscrever, basta comparecer à unidade munido de uma cópia do RG e CPF, comprovante de residência e uma foto 3x4. A inscrição poderá ser feita de segunda a sexta, das 9h às 12h e das 15h às 17h. Para mais informações, ligar para 3203-5927.

Com 160 horas de duração e realizado durante seis meses, a capacitação mostra aos alunos desde a parte básica da construção civil, como noções de matemática e cálculos, especificação de quantidade de materiais, até manuseio e provas de concreto, quando os alunos colocam a 'mão na massa', literalmente.

Durante a primeira etapa, as aulas são voltadas a cálculos de área e volume, além de detalhes sobre como quantificar a areia, a pedra e o cal para uma obra. Já no 'ensaio prático', atividades diversas, como levante de parede, chapisco, revestimento, aplicação de cerâmica e pintura ganham forma na área externa da Vila.

"A teoria é bem aplicada e, quando chegamos à aula prática, não há desperdício de material. Falo aos meus alunos que o cliente quer investir, não gastar a mais, com a sobra de dois ou três sacos de cimento. A ideia é formar pedreiros ecléticos, que entendam sobre cada fase da obra", explicou o professor Carlos Alberto Tozo, responsável pela formação de mais de 50 pedreiros desde 2022.

PRESENÇA FEMININA

E engana-se quem vê o ofício de pedreiro apenas voltado ao público masculino. Cada vez mais mulheres estão presentes na construção civil. Um dos exemplos é a aluna e dona de casa Adriana Cunha, de 46 anos, que acaba de iniciar o curso de pedreiro da Prefeitura.

A moradora do Castelo concluiu recentemente o curso de elétrica e agora quer se aventurar entre blocos e cimentos. Até para não ter contratempos com obras na sua própria residência, segundo ela. "Há uns quatro anos, durante uma obra na minha casa, tive dores de cabeça com os pedreiros. Talvez por ser mulher, não levaram meus pedidos em consideração e desperdiçaram muito material. A obra ficou muito mais cara do que eu planejei", relembrou.

Ainda segundo Adriana, o curso poderá ser a oportunidade de garantir uma renda extra. "Quero conhecimento não apenas para entender a obra em si, mas para botar a mão na massa e fazer pequenos reparos em casa. Pretendo começar com pequenas melhorias e, a médio prazo, oferecer esse tipo de serviço para familiares e amigos", completou ela, que ainda conta com outras duas colegas de sala.