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Emílio Ribas e a luta contra epidemias em Santos e na Baixada Santista

Sanitarista foi peça-chave no combate à febre amarela e deixou um legado na saúde pública da região

Robson de Castro

11/04/2025 - sexta às 18h44

Emílio Ribas, médico sanitarista e um dos maiores nomes da saúde pública no Brasil, teve uma relação direta com Santos e outras cidades da Baixada Santista no início do século XX. 

 

Emílio Marcondes Ribas nasceu em 11 de abril de 1862, na cidade de Pindamonhangaba, São Paulo. Formado em medicina, dedicou sua vida ao estudo e combate de doenças infecciosas no Brasil. Faleceu em 19 de fevereiro de 1925, aos 62 anos.

 

Sua atuação foi essencial no combate a epidemias que assolavam a região, especialmente a febre amarela, que fazia vítimas em portos movimentados como o de Santos.

 

Na virada do século, a cidade era um dos principais focos da doença, que prejudicava não apenas a população, mas também a economia local. Como diretor do Serviço Sanitário de São Paulo, Ribas liderou esforços para conter a epidemia, seguindo as descobertas de Oswaldo Cruz sobre a transmissão do vírus pelo mosquito Aedes aegypti. Ele implementou medidas sanitárias rigorosas, campanhas de erradicação de mosquitos e ações de isolamento de doentes, contribuindo para a redução dos surtos.

 

A importância de seu trabalho foi reconhecida por diversos especialistas da época. O próprio Oswaldo Cruz exaltou sua contribuição, afirmando:

 

"Emílio Ribas foi um dos grandes batalhadores da ciência, um homem que enfrentou o desconhecido para salvar vidas."

 

Outro nome importante, Carlos Chagas, também destacou sua relevância para a medicina preventiva no Brasil:

 

"Seu trabalho em prol da saúde pública não apenas transformou São Paulo, mas serviu de modelo para o país inteiro."

 

Além de Santos, Emílio Ribas influenciou políticas de saneamento e combate a doenças em outras cidades da Baixada Santista, como São Vicente e Guarujá, onde surtos de febre amarela e malária também preocupavam as autoridades. Seu legado permanece vivo, sendo lembrado em instituições como o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, referência nacional no tratamento de doenças infecciosas.

 

A atuação de Emílio Ribas ajudou a transformar a saúde pública no Brasil, demonstrando que ciência, prevenção e políticas sanitárias eficazes são fundamentais para o controle de epidemias. Seu impacto na Baixada Santista reforça sua importância como um dos pioneiros da medicina brasileira.

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