Bruno Covas: uma vida dedicada ao serviço público

Há 45 anos, em 7 de abril de 1980, nascia em Santos, São Paulo, Bruno Covas Lopes, que se tornaria uma figura proeminente na política brasileira. Neto do ex-governador Mário Covas, Bruno foi influenciado desde cedo pelo ambiente político. Formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e em Economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Sua trajetória política iniciou-se na juventude do PSDB, onde ocupou cargos de liderança. Em 2006, foi eleito deputado estadual, sendo reeleito em 2010 com a maior votação para o cargo naquele pleito. Entre 2011 e 2014, atuou como Secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Em 2014, elegeu-se deputado federal, destacando-se como sub-relator da CPI da Petrobras e membro da Comissão Especial da Maioridade Penal.

Em 2016, foi eleito vice-prefeito de São Paulo na chapa de João Doria. Com a renúncia de Dória em abril de 2018, Bruno assumiu a prefeitura da maior cidade do país. Em 2020, foi reeleito prefeito, vencendo em todos os distritos eleitorais no primeiro turno, um feito inédito.

Em outubro de 2019, durante exames para tratar uma erisipela, foi diagnosticado com câncer no trato digestivo. Mesmo enfrentando a doença, manteve-se à frente da prefeitura, despachando do hospital quando necessário. Em abril de 2021, novos focos da doença foram identificados, levando-o a se licenciar do cargo em maio. Bruno Covas faleceu em 16 de maio de 2021, aos 41 anos. Seu corpo foi sepultado no Cemitério do Paquetá, em Santos, ao lado de seu avô, Mário Covas.

Bruno Covas é lembrado por sua dedicação ao serviço público e por enfrentar desafios pessoais e profissionais com coragem e determinação.

A ciência explica
A doença que levou a vida de Bruno Covas tem fatores evitáveis. Dr. Marcelo Noronha, gastroenterologista, explica que o adenocarcinoma de cárdia, principal tipo de câncer que acomete essa região, afeta o cárdia, que se trata de uma estrutura localizada na junção entre o esôfago e o estômago. 

“Esse tipo de câncer está fortemente associado à inflamação crônica dessa área, geralmente causada pela doença do refluxo gastroesofágico, que é extremamente comum na população geral”.

Ele explica que, além do refluxo, outros fatores contribuem para o desenvolvimento desse câncer, como obesidade, tabagismo,dietas pobres em fibras e ricas em alimentos ultraprocessados e carnes vermelhas. O médico complementa que o histórico familiar de câncer gástrico ou de cárdia e infecção por Helicobacter pylori também está relacionada ao câncer de estômago e pode afetar a região do cárdia.

Dr. Marcelo Noronha recomenda que a população faça exames regulares caso tenha esses fatores em sua rotina e adote hábitos saudáveis para manter o organismo em funcionamento adequado.