Paulo Ferraz Junior - Advogado e professor universitário
Paulo Ferraz Junior
14/11/2022 - segunda às 10h43
Prezado leitor finalmente terminaram as eleições. Entre mortos e feridos todos estão a salvo.
As escolhas foram feitas: deputado federal, senador, deputado estadual, governador e presidente. Os resultados já são de conhecimento dos eleitores. Coube a cada eleitor o dever de estudar, antecipadamente, os candidatos, utilizando meios confiáveis para obter informação, e de maneira responsável escolher o melhor para cada cargo.
Nós, eleitores, assumimos perante as urnas o compromisso cívico, e patriótico de escolher aqueles que melhor nos representem, fazendo com que o axioma a voz do povo é a voz de Deus fosse mais uma vez aplicado, dando vida a um novo cenário político, Respeitar o resultado das urnas faz parte da democracia, podendo, em caso contrário, configurar crime de responsabilidade, conforme artigo 85 da Constituição Federal.
Essa é a festa da democracia, restando, após apuração dos votos, apenas cobrar de cada político eleito suas promessas, na esperança de um país melhor, mais justo, e mais feliz.
A decisão sobre o futuro do país, os caminhos econômicos, sociais sempre estiveram, e sempre estarão nas mãos do eleitor, sendo de responsabilidade dele tudo de bom, e de ruim que nossos futuros governantes irão fazer.
A democracia não é um regime político perfeito, mas ainda não encontraram nenhum melhor. Em 1947, Inglaterra, Câmara dos Comuns. Winston Churchill teria dito uma frase assim: ” a democracia é a pior forma de governo, à exceção de todas as demais formas que têm sido experimentadas ao longo da história”.
O relatório de satisfação global com a democracia 2020, elaborado pelo Instituto Bennett de Políticas Públicas da Universidade de Cambridge, apontou quais foram os países que mais caíram no índice de democracia, o Brasil foi o quinto país que mais caiu no ranking na última década.
Coincidentemente, nos últimos anos, novos problemas econômicos, sociais têm surgido, e índices mostram piora na qualidade de vida do brasileiro, , na mesma proporção do referido estudo no país tupiniquim.
O levantamento revelou que 92 países atualmente têm regimes autoritários, contra 87 democráticos, os cinco mais democráticos foram Dinamarca, Estônia, Suécia, Suíça e Noruega.
Criado em 1990 pela Organização das Nações Unidas, o Índice de Desenvolvimento Humano ( IDH ) é o principal indicador da qualidade de vida da população de um determinado local, sendo considerado nível de escolaridade, Renda Nacional Bruta, e nível de saúde.
Não é por acaso que Dinamarca, Estônia, Suécia, Suíça e Noruega têm os mais altos índices de IDH do planeta. Noruega lidera com o IDH de 0,949, em segundo lugar está Dinamarca com IDH de 0,925.
A Estônia, e Suíça não fogem à regra. A Estônia tem o maior IDH dos países Bálticos, e a Suíça é o 13º país melhor ranqueado no mundo quando o assunto é IDH, mostrando a relação existente entre democracia e IDH, isto é quanto mais democrático um país é melhor será seu IDH.
Neste diapasão o Brasil, que teve uma queda no índice que mede a democracia, elaborado pelo Instituto Bennett de Políticas Públicas da Universidade de Cambridge, também, na mesma proporção, teve queda no IDH. Atualmente o Brasil está na 87ª posição no ranking de desenvolvimento humano da Organização das Nações Unidas (ONU), que mede o bem-estar da população, em 2013 o país estava na 79º posição no mundo.
Esse é o caminho que devemos seguir. Viva a democracia.
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