Todos perdem

O Mundo começava a se recuperar lentamente da batalha sanitária contra o inimigo invisível da covid-19, quando surge intempestivamente a invasão da Rússia nos domínios da Ucrânia, podendo provocar consequências muito piores na economia mundial, do que as crises vividas durante a guerra fria do século passado.

Não adianta o Presidente Vladimir Putin alegar que está apenas combatendo um eventual ataque da Organização do Tratado Atlântico Norte (OTAN) no território do seu País, simplesmente porque essa reação bélica é totalmente desproporcional a qualquer iniciativa política das Nações do ocidente contra a soberania da Rússia, demonstrando claramente a intenção do autocrata russo de ressuscitar a antiga União Soviética.

De todo modo, essa guerra em pleno continente europeu certamente elevará os preços do petróleo, do gás natural e da energia em geral, aumentando a inflação no Mundo inteiro, obrigando os Bancos Centrais a majorarem as taxas de juros no Planeta afora e consequentemente desacelerando a economia internacional, prejudicando inclusive um possível crescimento do Brasil.

Nesse conflito armado injustificado, todos perdem, sem exceção. Perde a Ucrânia, que tem suas cidades invadidas e destruídas pelo País vizinho, sem condições reais de reagir. Perde a Rússia, que fica fora do Sistema Internacional Financeiro de Pagamentos, determinado pelas potências econômicas  mundiais, que arrasa completamente a sua economia interna. Por fim, perdem o Mundo e a humanidade, que sentem negativamente  os efeitos político, econômico, ambiental e social das atrocidades, praticadas por um governante autoritário e desumano.