Kenny Mendes - Deputado estadual pelo Progressistas
Kenny Mendes
01/06/2022 - quarta às 00h00
A pandemia do novo coronavírus e seus inevitáveis desdobramentos econômicos aceleraram uma tendência que já vinha sendo registrada na área da mobilidade urbana: o aumento no uso de bicicletas.
Conforme dados da Associação Brasileira do Setor de Bicicletas, houve uma elevação de 30% na compra de bikes no ano passado na comparação com 2020. As e-bikes (elétricas) acompanharam o movimento, com crescimento de 27,3% no mesmo período.
Sempre fui um defensor do uso das bicicletas no ambiente urbano – e, por consequência, da melhor adaptação possível de sua utilização dentro das cidades. Talvez você já tenha me flagrado em alguma ciclovia em Santos. Foi como vereador que começamos a campanha pela implantação do sistema de bikes compartilhadas no município, a exemplo do que já havia no exterior e em algumas capitais brasileiras. Foram muitas reuniões com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) até a proposta vingar. E deu certo.
O Bike Santos se tornou realidade em 2012, à época com 14 estações para retirada das bicicletas – hoje, já são 36 em funcionamento. Muito além dos passeios turísticos, o sistema de compartilhamento também se notabilizou pelo uso das ‘magrelas’ por pessoas que vão trabalhar/estudar ou simplesmente como alternativa aos modais tradicionais (carros, ônibus, motos).
A alta do preço dos combustíveis registrada nos últimos também contribuiu para essa adesão às bicicletas. E nem é preciso dizer das vantagens para a saúde e para o meio ambiente.
A Baixada Santista é beneficiada por ter boa parte do seu território plano, o que é um facilitador para esse tipo de transporte. A maioria dos municípios da região vem investindo nas ciclovias. Interligar de maneira eficiente essas vias específicas e expandi-las é um desafio para nossos gestores. Mesmo porque, a cada ano que passa, fica mais claro que a utilização da bicicleta nas nossas cidades já é uma prática cotidiana.
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