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Retrospectiva & Expectativa

Denilze Lourenço - Mãe da Bárbara, conselheira eleita do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência (Condefi) e ativista de apoio às famílias de PCDs

Denilze Lourenço

19/12/2021 - domingo às 17h52

Mais um ano se foi (e esse já foi tarde – muitas dores, perdas, angústias) ... e mais um ano que vem!

Então, como de praxe, fazemos a retrospectiva, a lista dos acontecimentos bons e das mazelas que vivenciamos, onde o saldo fica por conta do que se aproveitou, e o lucro só depende de nós: absorver o aprendizado e renovar as energias para as expectativas do porvir.

Difícil é ter que renovar as forças, acreditar nas expectativas quando reconhece que sua retrospectiva se iguala à sua expectativa,  ou seja: o que passamos neste ano que finda, também são os planos para o novo ano:
Vamos ter que continuar lutando com a Seduc por Qualidade na Educação ESPECIALIZADA “E” INCLUSIVA, respeitando as especificidades individuais (e com Equidade) para nossas crianças com deficiência.
Vamos ter que estender o debate com a Saúde para que “pelo amor de Deus” ofertem atendimento terapêutico de estimulação e reabilitação para todas as nossas crianças, além do atendimento médico especializado essencial.
Vamos ter que brigar pela Assistência Social para nossas crianças tão profundamente mergulhadas na vulnerabilidade e tentar resgatá-los da invisibilidade.
Vamos ter que reforçar o crédito na Justiça, insistir para que ela faça valer nossos Direitos, todas as vezes que precisarmos apelar.
Isso sem falar em esporte, cultura, lazer, acessibilidade...

É... Ano entra, Ano sai, e eu me vejo lutando pelos mesmos objetivos de sempre: “implorar” (esse é o termo que mais se encaixa mesmo) para que os governos cumpram O QUE A LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO JÁ DESCREVE COMO “DIREITO GARANTIDO”, nem que seja necessário judicializar, na esperança de que um juiz sentencie o “CUMPRA-SE”.

E terei que continuar lutando mesmo, insistir e acreditar, porque disso depende o futuro da minha filha e de outras milhares de crianças que necessitam destes serviços (não) prestados adequadamente para exercerem seu direito máximo de inserção na sociedade!!

Tem quem ache que o preconceito é o maior obstáculo atitudinal na vida de uma PcD, Já eu, acredito que o maior empecilho é a falta de comprometimento dos que deveriam cumprir e gerir os serviços essenciais.

Assim como a falta de empatia da sociedade, que, em gera, se isenta.

Só para encerrar o ano “tocando na mesma tecla” preciso, como sempre, destacar:

- As PcD não vivem nesta condição atípica por vontade própria, uma vez que a deficiência vem por via genética e/ou acidente – ambos impossíveis de se prever ou reverter.

Há que se reforçar que ninguém está livre de passar por isso, já que ninguém nasce, ou se torna Pessoa com Deficiência por vontade própria, nem de seus familiares. Simplesmente pode  acontecer, com qualquer um.  E aí se tem que “encarar” as dificuldades, enfrentar e seguir vivendo com coragem e disposição.

“Bora lá” ter um período de festas embalado pela necessidade de fugir da realidade só um pouquinho, revitalizar as energias para enfrentar a expectativa “copia e cola” da retrospectiva!!

Agora vai. Tem que ir. É preciso crer.

Feliz  Natal e um Ano Novo repleto da melhor energia positiva!

SAÚDE!!!

#Vem 2022 

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal BS9

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