Sábado, 23 de Novembro de 2024

DólarR$ 5,80

EuroR$ 6,04

Santos

19ºC

Protocolos para inglês ver

Por Gustavo Klein - Apaixonado por livros, filmes, música e séries, atua há mais de 30 anos como jornalista cultural

Gustavo Klein

15/01/2022 - sábado às 15h27

Não é preciso ser muito esperto para perceber: os protocolos sanitários que todos prometem cumprir rigidamente não são exigidos de ninguém em lugar algum. O teatrinho "para inglês ver", como se diz, vai dos shoppings cujos seguranças medem sua temperatura sem olhar para o termômetro às baladas onde a máscara só é exigida no momento da entrada. É bem fácil comprovar, é só entrar nas redes sociais de algum barzinho da cidade e olhar as fotos da última balada.
 
O mesmo princípio vale para eventos esportivos - já viu alguém de máscara nas arquibancadas do jogo do seu time? - e também para shows musicais. Em suma: mesmo em meio à pandemia que já tirou a vida de 620 mil brasileiros, os únicos momentos em que a hipocrisia não reinou foram os de total restrição, com a proibição de eventos e de aglomerações.
 
E o que é este texto, um libelo ao fechamento de tudo? Pelo contrário. É um chamamento à responsabilidade de cada um, não apenas como empresário mas como cidadão. O vírus que é espalhado por uma única pessoa durante uma balada infecta dezenas. De famílias.
 
Se há algo que o coronavírus, com todas as suas cepas e mutações, nos ensinou é que a solidariedade será absolutamente necessária para sairmos desta situação. Mesmo que solidariedade forçada. Enquanto o mundo - inteiro - não estiver vacinado, a chance de novas variações do vírus surgirem e nos vermos novamente no início de uma onda é enorme.
 
E se a responsabilidade dos países ricos é garantir a vacinação tanto dos seus cidadãos quanto dos países sem condições financeiras para arcar com a vacina, a de cada cidadão é promover, no seu âmbito, dentro do seu dia a dia, as condições para que o vírus não se propague.
 
Só então as aglomerações nas baladas e nos shows musicais vão voltar a ser vistas como expressão de alegria e não de egoísmo e inconsequência. Comecei com um ditado e termino com outro: ninguém está a salvo até que todos estejam a salvo. Até a próxima.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal BS9

Deixe a sua opinião

Últimas Notícias

ver todos

MOBILIDADE

Governo de São Paulo abre consulta pública do projeto para concessão dos serviços de travessias

EVENTO

Café Carioca celebra 85 anos com festa na rua em Santos e lança novo sabor de pastel

EVENTO

Caminhada de alerta contra o câncer infantojuvenil na Baixada Santista ocorre dia 23 em Praia Grande

2
Entre em nosso grupo