Denilze Lourenço - Mãe da Bárbara, conselheira eleita do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência (Condefi) e ativista de apoio às famílias de PCDs
Denilze Lourenço
19/02/2022 - sábado às 00h00
Há treze anos vivencio experiências pessoais e de várias outras mães na lida com os atendimentos públicos para PCDs...
Não consigo me lembrar de alguma que seja satisfatória. Sim, até mesmo as conquistas de algumas batalhas, que em tese seriam prêmio, de verdade, só aconteceram após muita luta (por coisas que já estão garantidas por lei).
Seria cômico, se não fosse grave: famílias que precisam lutar para ter o que “já lhes é garantido”, “por lei”, como “necessidade básica”. Inacreditável!
Porque são lutas incessantes para alcançar conquistas já garantidas em leis específicas e detalhadas!
Porque será que ano após ano, precisamos lutar não só para ter, como também manter a prestação de serviços com um mínimo de qualidade que seja?
Por vezes, ano letivo que entra, ou administração que mude, parece que retrocedemos em ações que já estavam ratificadas.
É lei, tá garantido?
Deveria, mas parece que os gestores públicos não conseguem assimilar e até mesmo se rebelam e tentam burlar.
Falta comprometimento com as necessidades básicas e já garantidas, falta empatia, pois trata-se de pessoas, de vidas, de gente que precisa de saúde, terapias, educação, acessibilidade, esporte, lazer, respeito e dignidade na prestação de serviços públicos , pessoas que não tem outra opção.
Como não cobrar dos governos, os serviços públicos essenciais?
Pessoas com Deficiência não escolheram estar nesta situação, e muitas precisam que seus direitos sejam respeitados...
E gestores, estes sim, escolheram ocupar seus cargos, até disputaram por eles, e os ocupam por votação, foram empossados... então que o façam com responsabilidade, empatia e ofereçam dignidade aos que precisam.
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