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Jornalismo e política jogando pra torcida

Rick Santos - Jornalista e radialista

Rick Santos

09/05/2022 - segunda às 00h00

A tecnologia sempre teve como principal objetivo substituir métodos tradicionais e facilitar a vida das pessoas. 

Não podemos aceitar que a tecnologia ultrapasse esse limite facilitador e corrompa a essência das Ciências e muito menos das relações da sociedade.

De uns tempos pra cá, com o advento da internet, muitos despreparados ganharam espaço e usaram os números (um tanto duvidosos) como métrica para se distinguirem no mercado. Esse fator tem afetado bastante o Jornalismo e a Política principalmente.

Não podemos deixar esse fenômeno mercadológico ultrapassar os limites que comprometem a credibilidade desses importantes segmentos. O Jornalismo tem princípios éticos que o norteiam assim como a Política. 

Não podemos deixar que pessoas que desrespeitem essa linha tênue da credibilidade versus indicadores numéricos carregando a bandeira da “liberdade de expressão”. Pior ainda, quando se utilizam de subterfúgios para gerar comoção nas pessoas em pautas que , claramente, tem objetivos escusos de promoção e benefício pessoal. É o famoso bordão dos bastidores “Jogar pra torcida”.

Um dos maiores gênios da Literatura mundial, bem antes, inclusive das redes sociais, já dava o alerta.  Em uma entrevista ,  Eco foi bem claro ao dizer que  "As redes sociais dão o direito de falar a uma legião de idiotas que antes só falavam em um botequim depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a humanidade. Então, eram rapidamente silenciados, mas, agora, têm o mesmo direito de falar que um prêmio Nobel. É a invasão dos imbecis".

Pouco tempo depois desta declaração profética do mestre Eco, a internet produziu muitos deputados estaduais, deputados federais com seus milhões de visualizadores ou seguidores (métrica sem nenhuma comprovação ou possibilidade auditável - acima de qualquer suspeita) e que nos tempos recentes ofenderam mulheres ucranianas, mudaram de lado para atender seus interesses pessoais, entre outras barbaridades bancadas por uma população que foi manipulada. Vale ressaltar que todos esses usaram uma abordagem jornalística em seus canais para criar credibilidade e fé nos seus argumentos travestidos de salvadores da pátria. 

Políticos, inclusive da nova geração, também utilizam ferramentas editoriais e pautas para tentar arrebatar legiões ou claques para garantir votos nessa linha de “jogar pra torcida” à todo custo par a gerar likes e garantir a “lacração”.

Recentemente, aqui na nossa região, uma votação deu o que falar. 

Um projeto de lei foi aprovado, travestido de defesa da violência contra a mulher, utilizando o nome e a imagem vereadora carioca assassinada Marielle Franco.  Pautas como essa são mais que necessárias, e urgentes, mas o país precisa e criar consciência através da Educação para mudar o rumo dessas pautas importante e parar de criar mártires para exploração de terceiros. Chico Mendes no passado também foi usado e acompanhamos décadas depois que o Meio Ambiente brasileiro ainda tem números e realidade sofríveis de proteção mas a marca Chico Mendes foi mais que explorada como plataforma de pessoas que so se beneficiaram politicamente e pessoalmente em seu nome.

Que Deus proteja os brasileiros!

 

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