Rick Santos - Jornalista e radialista
Rick Santos
06/10/2022 - quinta às 10h34
O mundo digital entrou para o campo das Eleições há pouco tempo. Em apenas 2 pleitos majoritários, já se percebe, claramente, que a velocidade do digital reflete a percepção das pessoas, principalmente, nos candidatos “fenômenos” de internet.
Essa mudança do espectro da rede social já veio em 2022 com as mulheres. E não são mulheres comuns. São as recordistas de votos no país.
Em 2018, Joice Hasselmann, como candidata a deputada federal e Janaína Paschoal na esfera estadual, se destacaram como as mulheres mais votadas na história da democracia após o regime militar.
Na eleição passada, Joice teve mais de 1.078.666 votos e Janaína Paschoal 2.060.786. Somando os votos das duas, passa de 3 milhões de votos. Durante seus mandatos - independente dos atritos com o presidente Bolsonaro - ambas tiveram declarações e incidentes no ambiente político e na imprensa que colocaram em xeque essa votação histórica. Questionadas ao longo desses incidentes, tanto Joice quanto Janaína, afirmavam com convicção que eles não manchariam suas reputações e as percepções dos eleitorados.
Agora nas eleições 2022, a verdade nua e crua da velocidade das redes sociais comprovou que ambas estavam erradas. Joice buscando sua reeleição obteve apenas 13.679. Já Janaína buscou uma vaga no Senado Federal por São Paulo obtendo 447.550 votos. O astronauta brasileiro Marcos Pontes, adversário dela, teve quase 11 milhões de votos.
O que pode se concluir, com certeza, é que as redes sociais podem potencializar novos nomes, mas podem garantir a permanência deles sem grandes realizações percebidas ou recebidas pelo eleitorado. Tal queda com essas duas recordistas evidenciam que já podemos avaliar o novo mundo digital que entrou como um foguete nos pleitos eleitorais – sejam municipais, estaduais e federais. E mostrou que o eleitor, digitalmente, toma decisões rápidas.
Para os perdedores, fica a amarga lição cruel de que o que sobe rápido pode despencar na mesma proporção e sem dó de um pleito eleitoral para outro. Todo cuidado é pouco...
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