Fernanda Zanco Tritto - Cirurgiã-dentista, especializando em odontopediatria
Fernanda Zanco Tritto
02/03/2022 - quarta às 00h00
Sim, isso é verdade! Segundo o maior centro de pesquisa biomédica do mundo, o National Institutes of Health, dos Estados Unidos, um, a cada 2.000 a 3.000 recém-nascidos, pode nascer com dentes.
Chamamos de dente natal quando o bebê já nasce com ele na boca e dente neonatal quando o aparece dentre os primeiros 30 dias de vida.
Ainda não se sabe a causa exata para que essa situação aconteça, porém, as hipóteses trabalham com associações ao fator hereditário (de família para o bebê), com mais de dez síndromes e anomalias ou então pela falta de vitamina na gravidez (hipovitamonose).
A indicação de tirar esse dente ou não vai depender de quanto mole ele está. Se o bebê estiver correndo o risco de engolir ou aspirar a melhor conduta será removê-lo pela segurança. Caso o dente esteja firme na boca, o profissional poderá mantê-lo e lixar a borda do dente para evitar que machuque a língua do bebê e o peito da mãe ao amamentar.
O que fazer nesses casos? O primeiro passo é levá-lo ao odontopediatra para realizar um exame de Raio-X e identificar se aquele dente faz parte da série normal ou se ele é um a mais na boca.
Se no Raio-X mostrar ser um dente extra, ele pode ser removido sem problema, pois quando o bebê completar 6 meses (que é o tempo médio) seus dentes nascerão completos e normais.
Mas, caso o Raio-X mostre ser um dente normal do bebê e que nasceu "apressadinho" vamos mantê-lo na boca se estive duro e não apresentar nenhum risco à sua saúde.
Os cuidados com a higiene desse dente devem ser os mesmos que os responsáveis devem manter com os primeiros dentes nascidos no tempo certo.
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