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É preciso união para o retorno seguro dos torcedores aos estádios

Fernando Paulino - Advogado

Fernando Paulino

09/10/2021 - sábado às 16h23

Corinthians e Bahia protagonizaram, no último dia 5, o retorno de torcedores aos estádios de futebol do Estado de São Paulo, em Itaquera, na Zona Leste da Capital, na partida válida pelo Campeonato Brasileiro.
 
Isto foi possível por conta do anúncio do governador João Doria, que permite que os estádios recebam torcedores para os jogos de futebol, desde que estejam imunizados com as duas doses da vacina contra a Covid-19.
 
Neste anúncio o governador esclareceu ainda como funcionaria este retorno, que aumentará de forma escalonada até o mês de novembro.
 
Segundo o chefe do Executivo do governo do Estado de São Paulo, o torcedor deve portar o cartão de vacinação contra a Covid-19 (físico ou pelo aplicativo ConecteSUS) que comprova as duas doses (ou a dose única) das vacinas, além de usar máscara em todos os setores do estádio.
 
Os torcedores que tiverem recebido apenas a primeira dose dos imunizantes devem apresentar um teste de antígeno feito nas últimas 24 horas ou um PCR feito, no máximo, há 48 horas.
 
Do ponto de vista dos amantes de futebol, tudo certo! Mas e do ponto de vista médico?
 
Para muitos médicos, o principal é evitar a aglomeração, aplicando o distanciamento, sendo necessário esse “pontapé” inicial, para acompanhar de perto como a situação evolui.
 
Muitos ainda apontam que, na verdade, o que existe é uma pressão dos clubes para o retorno, sob a alegação de diminuição de aporte financeiro, o que não acredito, já que as receitas dos clubes de futebol vêm de diversas fontes, como direito de transmissão de jogos, bilheteria, venda de jogadores e patrocínio. A bilheteria seria a menor delas.
 
O que realmente enxergo neste retorno é uma questão de se mostrar força política, já que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) já tinha um programa de retorno de público, tendo apenas como obstáculo garantir a segurança dos torcedores em dias de jogo, algo praticamente incontrolável.  Os torcedores, antes mesmo de entrar no estádio, já passaram por outras situações de aglomeração, como no transporte público, por exemplo.
 
Neste ponto surge uma outra questão: de quem seria a responsabilidade de garantir o respeito aos protocolos? Dos clubes ou do Poder Público?
 
Entendo que, para o sucesso desta retomada, se faz necessária a união de todos os envolvidos para garantir, antes de mais nada, a segurança do ponto de vista sanitário de todos os presentes (torcida e trabalhadores), o que, na minha visão, foi feito de forma satisfatória no jogo Corinthians x Bahia.

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