Audrey Kleys - Vereadora em Santos
Audrey Kleys
25/04/2022 - segunda às 00h00
Todo gestor público precisa, acima de qualquer outra atividade, exercitar a escuta. Estar nos lugares, conversar com as pessoas, olhar nos olhos e OUVIR. Mas ouvir com atenção, ouvir os vários atores de cada momento, compreender para só então propor e agir.
Esta é uma das lições que o jornalismo me ensinou e que é fundamental quando se lida com dinheiro público. Este simples exercício, de ouvir e compreender se traduz em ações mais efetivas e duradouras. E significa respeito e responsabilidade pelo que é público.
Este conceito é uma das balizas do meu trabalho. As legislações que propusemos e se tornaram leis em Santos - são mais de 40, hoje - foram desenvolvidas desta forma. E por isso se tornaram leis que saíram do papel, que a sociedade incorporou.
Foi ouvindo famílias que, ano após ano, precisavam gastar tempo e dinheiro para fazer a renovação obrigatória do laudo que atesta o Transtorno do Espectro Autista e a Síndrome de Down que criei a lei que torna este laudo permante, tão permanente quanto a condição destas pessoas. Famílias beneficiadas por um lado, profissionais livres para outros atendimentos.
Foi conversando com ambientalistas e com quem milita pela defesa do meio ambiente que propus a agora Lei Complementar 85/2019, que proíbe a utilização de balões de gás em eventos ao ar livre na orla de Santos. Esses balões se deslocam, muitas vezes para o mar, estouram e a borracha, confundida com alimento por animais marinhos, acaba os sufocando e matando.
Foi também ouvindo a população e tantas famílias com dificuldades para conseguir cadeiras de rodas, muletas e outros materiais ortopédicos que apresentamos a proposta - agora lei - que cria o banco de materiais ortopédicos de Santos, que deve começar a funcionar em breve e que cria uma rede de solidariedade e também muito prática, gerida pelo Poder Público, em que o que serviu para uma família é doado e vai atender a outras.
Essas três leis de minha autoria apenas exemplificam um jeito de trabalhar que, na verdade, é meu jeito de olhar o mundo. Foi este gosto por ouvir histórias e conhecer pessoas que me levou ao jornalismo e depois à política. E é desta forma, construindo junto, que trabalho. E sempre será assim.
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