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8 de março

Por Paulo Ferraz Junior - Advogado e professor universitário

Paulo Ferraz Junior

14/03/2022 - segunda às 00h00

Dia Internacional da Mulher. Data importante para todos, homens, mulheres, e ao contrário de outras datas comemorativas, não foi criada pelo comércio, com o objetivo de aumentar as vendas.

Neste dia devemos fazer uma reflexão sobre a igualdade entre homens e mulheres. Esse dia deve ser visto como um marco, que representa as lutas incessantes das mulheres para terem suas condições equiparadas às dos homens.

Para se chegar ao ponto de evolução da sociedade que estamos hoje, muitas manifestações ocorreram. Alguns entendem que a data de 8 de março se deve ao protesto, que ocorreu em 1917, por operárias, contra a fome que assolava o país, fruto da 1º Guerra Mundial, e que fora severamente punido pelo Estado Russo. Esse episódio, para alguns historiadores, inclusive, também colaborou para a realização da Revolução Russa.

Outros entendem que a comemoração do dia da mulher, teve sua origem em 1957, em 08 de março, onde operárias americanas, que trabalhavam em uma fábrica têxtil, morreram carbonizadas, vítimas de um incêndio intencional, em retaliação a uma série de greves e manifestações dos trabalhadores.

Em pleno século XXI, com uma sociedade tecnológica, computadores, inteligência artificial ainda temos dados que envergonham a todos nós, mostrando que somos uma sociedade que faz diferença entre homens e mulheres.

Constata-se que somos uma sociedade violenta, que subjuga a mulher pela força masculina.

Segundo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), 180 mulheres são estupradas por dia no Brasil, ou seja, uma mulher é estuprada a cada 8 minutos, sendo que 71,8% das vítimas de estupro eram menores de 18 anos e 53,6% eram menores de 13 anos.  Com relação a outros crimes não é diferente, o mesmo instituto relata que a cada 7 horas ocorre um feminicidio.

Verdade que homens e mulheres são biologicamente diferentes, mas isso, por si só não pode determinar comportamentos discriminatórios. Todos que são formadores de opinião devem contribuir para que essa realidade seja alterada.

As autoridades, com muito mais razão deveriam ser o exemplo de bom comportamento em todos os níveis, entretanto, com certa frequência verificamos declarações machistas, incentivando a violência, e comportamentos discriminatórios contra a mulher, envergonhando a todos.  

A Constituição Federal prega, no artigo 5º, inciso I a igualdade entre homens e mulheres, sendo que leis, foram criadas, para colocar fim à violência contra a mulher, entretanto não conseguiram alterar o modelo comportamental masculino.
Creio que somente uma revolução ética poderá mudar esse cenário. Precisamos formar pessoas melhores, para termos um futuro no qual todos possam ter orgulho.

Viva o dia da mulher!!!

 

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